quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Prova NCE - Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Rio de Janeiro - Poder Judiciário - Técnico Judiciário I - 2005

Prova comentada pelo professor Henrique Nuno Fernandes


A VERDADE E A FANTASIA

Um espectro ronda a Justiça brasileira neste final de ano: a Reforma do Judiciário. Espectro porque a realidade do Judiciário e a necessidade da sua reforma foram, nos últimos meses, deformados pelo “manto diáfano da fantasia”.
Comemoramos o nosso dia (8 de dezembro) sob o fogo cruzado da má-vontade e da desinformação. O Judiciário não pode ser culpabilizado pelo que a mídia chama com exagero de impunidade. A polícia não prende, não investiga e nós, presos à aplicação da lei, pagamos o pato. Além disso, há um cipoal de leis, medidas provisórias e atos normativos que acabam por atravancar nossos corredores.
Temos oferecido à sociedade idéias e propostas de melhoria da prestação de Justiça. Um exemplo: o julgamento virtual, que acelera a tramitação, elimina papel e dispensa deslocamentos de advogados. Quanto ao apregoado controle do Judiciário, pensamos que deveria antes vir de dentro que de fora, pelo ajuste de normas e práticas processuais, bem como pela supervisão sistemática. A autonomia financeira deu ao nosso Tribunal a possibilidade de ser um dos melhores do país: um dos mais ágeis e seguros, em condições objetivas de enfrentar o descrédito geral da Justiça.
A autonomia dos poderes – lembremos ainda uma vez – é a única garantia que temos da estabilidade da República e, em última instância, da continuidade do regime democrático – o pior de todos, com exceção dos outros. Falar em cidadania é falar em Judiciário. Em muitas sociedades tradicionais a norma de estabilidade é a do “poder trava poder”. Ao invés do controle externo, sempre perigoso, talvez se pudesse confiar mais nesse controle sistêmico. De resto, temos à disposição diversos mecanismos endógenos, eficazes, de controle (os tribunais de conta, as corregedorias etc.).
A sociedade global, estimulada pelos formadores de opinião, não tem sido capaz de captar a verdade do Judiciário. Sob um cerco total de má-vontade e desinformação, vemos exageradas as nossas deficiências e erros. “Sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia” – parodiemos o slogan do velho Eça de Queiroz. E qual é a nossa verdade? Antes de enunciá-la, reconheçamos nossos erros e dificuldades, algumas conjunturais, de mais fácil correção, outras estruturais, mais difíceis. Recente pesquisa da OAB, mostrou que 55% da população mal conhece o Judiciário. E é ela a segunda instituição menos confiável do país.
Nosso programa para o ano que se inicia é, pois, estabelecer a verdade da distribuição de Justiça em nosso Estado e vê-la reconhecida, senão por todos, ao menos pela maioria de nossos concidadãos.

Miguel Pachá – Presidente do TJ/RJ Informativo TJ/RJ e EMERJ, n.12

01 - O texto é claramente argumentativo e se estrutura em torno de uma tese, que é explicitada em:

a) “...a realidade do Judiciário e a necessidade da sua reforma foram, nos últimos meses, deformados pelo ‘ manto diáfano da fantasia’ ”;
b) “...reconheçamos nossos erros e dificuldades, algumas conjunturais, de mais fácil correção, outras estruturais, mais difíceis.”;
c) “Em muitas sociedades tradicionais a norma de estabilidade é a do ‘poder trava poder’ ”;
d) “Nosso programa para o ano que se inicia é, pois, estabelecer a verdade da distribuição de Justiça em nosso Estado...”;
e) “A autonomia dos poderes – lembremos ainda uma vez – é a única garantia que temos da estabilidade da República e, em última instância, da continuidade do regime democrático...”.

1. Resposta: A – Obs.: “Tese - tomada de posição diante de um tema (idéia-núcleo de um texto) que será desenvolvida nos parágrafos seguintes. A tese, em geral , é apresentada na introdução e continua a ser trabalhada ao longo do texto.” (Sarmento & Tufano).
O autor defende a tese de que as críticas ao Poder Judiciário são injustas, apresentando argumentos (justificativas).

Comentário:

b) É uma aceitação parcial de uma crítica ao Judiciário, para em seguida refutá-la.
c) É um argumento em defesa do controle interno do Judiciário.
d) É um argumento em defesa do Judiciário.
e) É um argumento favorável à autonomia dos poderes e contra o controle externo do Judiciário.

02 - No segmento “Reforma do Judiciário”, o termo “do Judiciário” indica um paciente do termo anterior. O item em que o termo sublinhado possui valor diferente é:

a) “aplicação da lei”;
b) “distribuição de Justiça”;
c) “formadores de opinião”;
d) “verdade do Judiciário”;
e) “deslocamentos de advogados”.

2. Resposta: D – Paciente (= complemento nominal) – corresponde ao sujeito paciente, com verbo na voz passiva); Agente (= adjunto adnominal) – corresponde ao sujeito agente, com verbo na voz ativa.
Reforma do judiciário = o Judiciário é reformado (paciente); verdade da Justiça = a Justiça tem verdade (agente).

Comentário:

a) aplicação da lei = a lei é aplicada (paciente);
b) distribuição da Justiça = a Justiça é distribuída (paciente);
c) formadores de opinião = opinião é formada (paciente);
e) deslocamentos de advogados = advogados são deslocados (paciente)

03 - A deformação da realidade do Judiciário e da sua reforma, aludida no primeiro parágrafo do texto, só NÃO aparece referida ou inferida em:

a) “Comemoramos o nosso dia (8 de dezembro) sob o fogo cruzado da má-vontade e da desinformação.”;
b) “A polícia não prende, não investiga e nós, presos à aplicação da lei, pagamos o pato.”;
c) “Além disso, há um cipoal de leis, medidas provisórias e atos normativos que acabam por atravancar os nossos corredores.”;
d) “Sob um cerco total de má-vontade e desinformação, vemos exageradas as nossas deficiências e erros.”;
e) “A autonomia dos poderes – lembremos ainda uma vez – é a única garantia que temos da estabilidade da República e, em última instância, da continuidade do regime democrático – o pior de todos, com exceção dos outros.”

3. Resposta: E – Deformação é um aspecto negativo em relação ao Judiciário. A autonomia dos poderes é um argumento do autor, que está contra o controle externo do Judiciário, portanto é positivo.

Comentário:

a) O autor crítica os que acusam o Judiciário sem argumentos válidos: “sob o fogo cruzado da má-vontade e da desinformação”.
b) O autor se defende das críticas, dizendo que a culpa é da polícia.
c) O autor culpa a legislação, “por atravancar” o Judiciário.
d) A mesma justificativa da alternativa a.

04 - “Um espectro ronda a Justiça brasileira neste final de ano:...”. O dicionário de língua portuguesa de Aurélio Buarque de Hollanda registra uma série de significados para a palavra espectro; em função do texto, o significado dicionarizado mais adequado desse vocábulo no contexto é:

a) “fantasma”;
b) “figura imaterial, real ou imaginária, que povoa o pensamento”;
c) “aparência vã de uma coisa”;
d) “aquilo que constitui ameaça”;
e) “pessoa esquelética, esquálida”.

4. Resposta: D - Obs.: É necessário observar o contexto para verificar o significado das palavras. O vocábulo espectro está usado em sentido conotativo, significando, ameaça à estabilidade da Justiça (aquilo que constitui ameaça). Se substituirmos a palavra espectro, na segunda ocorrência, pelo significado expresso nas alternativas, verificaremos que somente o que está na d é adequado: “aquilo que constitui ameaça” porque a realidade do Judiciário e a necessidade da sua reforma foram, nos últimos meses, deformados pelo “manto diáfano da fantasia”.

05 - “Um espectro ronda a Justiça brasileira neste final de ano: a Reforma do Judiciário.”; o “Guia de uso de Português”, de Maria Helena de Moura Neves, p. 269, aponta alguns casos de emprego de dois pontos. O item que indica o caso adequado ao fragmento destacado do texto é:

a) enumeração;
b) explicitação;
c) explicação;
d) exemplificação;
e) fala de personagem.

5. Resposta: B - Explicitação é esclarecimento, síntese. O autor esclarece que tipo de espectro ronda a Justiça brasileira neste final de ano.

Veja exemplos de uso de dois-pontos, referentes às demais alternativas:

a) enumeração – Tudo o maravilhava: o mar, a montanha, os parques, as pessoas.
c) explicação – (geralmente subentende-se uma conjunção explicativa): Apague a luz: quero dormir (= apague a luz, pois quero dormir.
d) exemplificação – Exemplo de animais vertebrados: boi, cavalo, gato.
e) fala da personagem – “A mãe se preocupando com a inocência dela:
- Quase uma mocinha e até hoje ainda deve acreditar na cegonha.” (A Volta por cima, Fernando Sabino)

06 - O texto é elaborado por um membro do Judiciário e dirigido a profissionais do mesmo espaço profissional; o item que NÃO o comprova é:

a) “Comemoramos o nosso dia (8 de dezembro) sob o fogo cruzado da má-vontade e da desinformação.”;
b) “Sob um cerco total de má-vontade e desinformação, vemos exageradas as nossas deficiências e erros.”;
c) “A sociedade global, estimulada pelos formadores de opinião, não tem sido capaz de captar a verdade do Judiciário.”;
d) “A polícia não prende, não investiga e nós, presos à aplicação da lei, pagamos o pato.”;
e) “Além disso, há um cipoal de leis, medidas provisórias e atos normativos que acabam por atravancar nossos corredores.”

6. Resposta: C – O autor fala sobre a sociedade global, não usando marcas lingüísticas da primeira pessoa do plural.

Comentário:

Nas demais alternativas, o autor usa marcas lingüísticas da primeira pessoa do plural: verbos e o pronome nosso:

a) Comemoramos, nosso;
b) vemos, nossas;
d) nós, pagamos;
e) nossos.

07 - Com o emprego do vocábulo cipoal, no segundo parágrafo do texto, o autor mistura duas idéias:

a) quantidade e dificuldade;
b) complicação e autoridade;
c) irresponsabilidade e confusão;
d) clareza e precisão;
e) legalização e qualidade.

7. Resposta: A – Segundo o dicionário Aurélio, cipoal significa mata abundante de cipós tão enredados que dificultam o trânsito; em sentido figurado, significa situação difícil; dificuldade; complicação. Juntando o sentido denotativo (abundante) com o conotativo (dificuldade), chegamos à alternativa a: grande número de leis, medidas provisórias e atos normativos (=abundante) que acabam por atravancar nossos corredores (= dificuldade)..

08 - Relação EQUIVOCADA entre adjetivo / substantivo é:

a) normativos / norma;
b) eficazes – eficácia;
c) conjunturais – conjectura;
d) tradicionais – tradição;
e) sistêmico – sistema.

8. Resposta: C – O substantivo adequado para o adjetivo conjunturais é conjuntura ( = situação, circunstância).
Obs.: conjeturais – conjetura (= suposição, hipótese).

09 - Etc. é uma expressão latina. O livro “Não perca o seu latim”, de Paulo Rónai, indica vocábulos e expressões latinas bastante comuns em textos jurídicos; o item cujo latinismo tem seu significado INCORRETAMENTE indicado é:

a) alibi – ausência do acusado no lugar do crime, provada pela sua presença noutro lugar;
b) habeas corpus – garantia constitucional outorgada em favor de quem sofre ou está na iminência de sofrer coação ou violência;
c) quorum – número máximo de pessoas presentes necessário para que um órgão funcione;
d) ad hoc – designado para executar determinada tarefa;
e) a priori - anteriormente à experiência.

9. Resposta: C – O termo quorm significa “número mínimo de pessoas presentes exigido por lei ou estatuto para que um órgão coletivo funcione.” (Aurélio)

10 - ETC. é uma forma abreviada de et coetera, que significa “e outras coisas”; a afirmação correta a respeito do uso dessa expressão, segundo o Formulário Ortográfico, é:

a) a forma é sempre seguida de ponto;
b) nunca é precedida de vírgula;
c) só é empregada em relação a pessoas;
d) quando termina a frase, a abreviatura pode ser seguida de ponto final;
e) só é empregada em relação a coisas.

10. Resposta: A – A forma etc. é sempre seguida de ponto.
Obs.: “Se a palavra abreviada aparecer em final de período, este não receberá outro ponto; nesse caso, o ponto de abreviatura marca também fim de período. Ex.: Comprei maçãs, peras, abacates, melões, etc. (e não: etc..)” (Sacconi)

b) A virgula,antes de etc., é facultativa.
c) Pode ser empregada em relação a coisas e a pessoas.
d) A abreviatura é sempre seguida de ponto final. Veja a observação da alternativa a.
e) Pode ser empregada em relação a coisas e a pessoas.

11 - “Temos oferecido...”; esse tempo verbal apresenta, no início do terceiro parágrafo, o seguinte valor:

a) um fato posterior ao momento em que se fala;
b) um fato futuro em relação a um fato passado;
c) um fato passado, visto como concluído;
d) dá atualidade a fatos passados;
e) fatos passados, repetidos no presente.

11. Resposta: E – O pretérito perfeito composto em “Temos oferecido...” exprime uma ação iniciada no passado e que continua no presente ( = oferecemos no passado e continuamos oferecendo no presente).

Obs.: O pretérito perfeito composto é feito do presente do indicativo do verbo ter (ou haver), seguido do particípio do verbo principal.

Exemplos referentes às demais alternativas:

a) Na próxima semana, irei a Curitiba (futuro do presente).
b) Na semana passada, você prometeu que me visitaria (futuro do pretérito).
c) Cila passou as férias em Barcelona (pretérito perfeito simples).
d) A Revolução de 1930 é cuidadosamente planejada para ter início simultaneamente em várias regiões do país (chamado presente histórico ou narrativo, substituindo o pretérito perfeito).

12 - “A polícia não prende, não investiga e nós, presos à aplicação da lei, pagamos o pato.”; esse trecho de nosso texto mostra que:

a) o Judiciário é o único poder que respeita a lei;
b) o Poder Judiciário recebe a culpa de erros alheios;
c) a polícia não está presa à lei;
d) o Poder Judiciário causa inúmeros problemas à polícia;
e) o respeito às leis prejudica a imagem do Poder Judiciário.

12. Resposta: B – A sociedade critica a Justiça por não agir, quando, na realidade, o erro é da polícia que não prende nem apresenta provas.

Comentário:

a) O trecho não diz que o Judiciário é o único poder que não respeita a lei; o que afirma é que só age estritamente dentro da lei.
c) O fato de a polícia não prender nem investigar não significa que não está presa à lei, mas, sim, que é incompetente na sua função.
d) Esta alternativa é absurda,.
e) Não é o respeito às leis que prejudica o Poder Judiciário, mas a incompetência da polícia.

13 - A sigla OAB significa:

a) Organização Advocatícia do Brasil;
b) Ordem dos Advogados do Brasil;
c) Ordem de Assistência a Brasileiros;
d) Organização Assistencial Brasileira;
e) Organização de Advogados Brasileiros.

13. Resposta: B – Como todos sabem, OAB significa Ordem dos advogados do Brasil.

14 - Entre o segundo e o terceiro parágrafos do texto, em função dos significados por eles veiculados, poderíamos inserir o conectivo:

a) apesar de;
b) porque;
c) ainda que;
d) contanto que;
e) nem.


14. Resposta: A – O segundo parágrafo apresenta aspectos que prejudicam o bom andamento do Judiciário. Apesar de (=apesar disso (dos aspectos negativos), a Justiça tem oferecido “à sociedade idéias e propostas de melhoria da prestação de Justiça”. A locução prepositiva apesar de invalida os obstáculos, que são os aspectos negativos, e dá destaque à boa administração.

Comentário:

b) Não há uma relação de causa.
c) O conectivo ainda que invalidaria os aspectos positivos, o que corresponderia à seguinte estrutura: Ainda que (=embora) a Justiça tenha oferecido idéias e propostas de melhoria da prestação de Justiça, é importante destacar os aspectos negativos.
d) O conectivo contanto que expressa condição, possibilidade, o que tornaria o texto incoerente.
e) Não há uma relação de adição, expressa pela conjunção nem, mas de oposição.


15 - O item que apresenta uma afirmação coerente com os vocábulos presentes no título do texto é:

a) a fantasia representa o ideal de Justiça que todos perseguem;
b) a verdade se refere aos exageros da imprensa;
c) a fantasia representa os bons serviços prestados pela Justiça;
d) a verdade se refere aos bons e maus aspectos do Judiciário;
e) a fantasia representa as boas obras não difundidas.

15. Resposta: D – A verdade, segundo o texto, representa a realidade do Judiciário, com aspectos negativos e positivos.

Comentário:

a), b), c) e e) A fantasia se refere, segundo o texto, às críticas (infundadas) daqueles que desejam denegrir a imagem do Poder Judiciário.

16 - “...55% da população brasileira mal conhece o Judiciário.”; uma gramática de língua portuguesa afirma que “quando o sujeito for expresso por número percentual ou fracionário, o verbo concordará com o numeral, mas que é comum, entretanto, encontrarem-se exemplos de frases com o verbo concordando com a expressão que acompanha o numeral”. Nesse caso, podemos dizer que, segundo a orientação gramatical:

a) o autor do texto errou na concordância verbal;
b) o termo “população brasileira” deveria ser colocado no plural;
c) a única forma possível do verbo seria “conhecem”;
d) havia outra possibilidade de concordância verbal;
e) a concordância empregada na frase pertence à linguagem popular.

16. Resposta: D - Segundo a maioria das gramáticas, o verbo pode concordar com o número percentual ou com o substantivo que lhe segue. Assim, a forma verbal pode ser conhece (concordando com população) ou conhecem (concordando com 55).

Comentários:

a) não houve erro.
b) O termo população brasileira tem de ficar no singular.
c) Como vimos, há duas possibilidades de concordância.
e) É culto o verbo concordar com o nome, tratando-se de números percentuais ou fracionários.

17 - Ao dizer que o regime democrático é “o pior de todos, com exceção dos outros”, o autor do texto quer dizer que esse regime:

a) é o pior de todos, em seus modelos atuais;
b) é o pior de todos, historicamente falando;
c) é o pior de todos, comparado aos demais;
d) é o melhor de todos, comparado aos demais;
e) é tão bom quanto os demais.

17. Resposta: D – Se o regime democrático é o pior de todos, com exceção dos outros, significa dizer que os outros são piores do que o regime democrático. Logo, o regime democrático é o melhor de todos. A expressão Com exceção dos outros faz com que o pior signifique o melhor.

18 - O segmento do texto que mostra um equívoco do editor do texto no emprego da vírgula é:

a) “...a realidade do Judiciário e a necessidade de sua reforma foram, nos últimos meses, deformados...”;
b) “...distribuição de Justiça em nosso Estado e vê-la reconhecida, senão por todos, ao menos pela maioria...”;
c) “Recente pesquisa da OAB, mostrou que 55% da população mal conhece o Judiciário.”;
d) “De resto, temos à disposição diversos mecanismos endógenos, eficazes, de controle...”;
e) “...o pior de todos, com exceção dos outros...”.

18. Resposta: C – Não se coloca vírgula entre sujeito e verbo (Recente pesquisa da OAB – sujeito; mostrou – verbo).

Comentário:

a) As vírgulas separam o adjunto adverbial deslocado nos últimos meses.
Obs.: Chama-se adjunto adverbial deslocado quando ele está no início ou no meio da oração.
b) As vírgulas separam o adjunto adverbial deslocado senão por todos.
d) A vírgula separa a expressão denotativa de adição de resto (= além disso).
e) A vírgula separa a expressão denotativa de exclusão com exceção dos outros.

19 - “De resto, temos à disposição diversos mecanismos endógenos, eficazes, de controle...”; a idéia aqui presente se repete aproximadamente em:

a) “Quanto ao apregoado controle do Judiciário, pensamos que antes deveria vir de dentro que de fora...”;
b) “A sociedade global, estimulada pelos formadores de opinião, não tem sido capaz de captar a verdade do Judiciário.”;
c) “Sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia”;
d) “A autonomia dos poderes[....] é a única garantia que temos da estabilidade da República...”;
e) “Falar em cidadania é falar em Judiciário.”

19. Resposta: A – O termo endógenos significa que se forma no interior, que vem de dentro. Esta alternativa repete, por outras palavras o sentido do enunciado: “...que antes deveria vir de dentro que de fora...”.

20 - A expressão “lembremos ainda uma vez”, inserida no quarto parágrafo do texto, indica que:

a) essa mesma idéia já foi expressa anteriormente no texto;
b) o autor se refere a uma outra publicação de sua autoria;
c) os leitores esquecem facilmente de coisas importantes;
d) é uma informação importante e de pouco conhecimento dos cidadãos;
e) é um conhecimento que é necessário repetir, dada sua importância.

20. Resposta: E – Por exclusão das demais alternativas, facilmente chegaremos à resposta certa. A intenção do autor é enfatizar que “A autonomia dos poderes é a única garantia que temos da estabilidade da República e, em última instância, da continuidade do regime democrático – o pior de todos, com exceção dos outros”.

Comentários:

a) Essa mesma idéia não foi expressa no parágrafo anterior. No quarto parágrafo falou-se em autonomia financeira: ”A autonomia financeira deu ao nosso Tribunal a possibilidade de ser um dos melhores do país...”
b) O autor não fala em outras publicações.
c) O texto não afirma que os leitores esquecem facilmente coisas importantes.
d) Para o autor, é uma informação importante, mas, em nenhum momento, ele afirma que é de pouco conhecimento dos cidadãos.

21 - A respeito do controle do Poder Judiciário, podemos dizer que a posição do autor do texto é:

a) favorável, desde que esse controle seja interno;
b) favorável, desde que esse controle não seja feito por tribunais de conta, etc;
c) favorável, se não for contaminado por má-vontade e desinformação;
d) desfavorável, pois se perderia a estabilidade da República;
e) desfavorável, porque todo controle é perigoso.

21. Resposta: A – O autor afirma explicitamente que é favorável ao controle, desde que seja interno: “Ao invés do controle externo, sempre perigoso, talvez se pudesse confiar mais nesse controle sistêmico. De resto, temos à disposição diversos mecanismos endógenos, eficazes, de controle (os tribunais de conta, as corregedorias etc.).”

Comentário:

b) Os tribunais de contas são uma forma de controle interno.
c) Sem fundamento.
d) e e) O autor é favorável ao controle.

22 - O item cujo conector sublinhado tem valor semântico de causa é:

a) “...deformados pelo manto diáfano da fantasia.”;
b) “O Judiciário não pode ser culpabilizado pelo que a mídia chama com exagero de impunidade.”
c) “...deveria vir antes de dentro que de fora, pelo ajuste de normas e práticas processuais,...”
d) “A sociedade global, estimulada pelos formadores de opinião,...”;
e) “...vê-la reconhecida, senão por todos, ao menos pela maioria dos nossos concidadãos.”

22. Resposta: B – O que a mídia chama com exagero de impunidade é a causa de o Judiciário não poder ser culpabilizado. Poderíamos reescrever essa frase assim: O Judiciário não pode ser culpabilizado por causa do que a mídia chama de impunidade.

Comentários:

a) Indica o agente da passiva, correspondente ao sujeito da voz ativa (= O “manto diáfano da fantasia”-sujeito da ação – deformou a realidade do Judiciário e a necessidade da sua reforma).
c) Indica o modo deveria vir o controle do Poder Judiciário.
d) Indica o agente da passiva (= Os estimuladores de opinião – sujeito agente – estimulam a sociedade global).
e) Indica o agente da passiva ( =Nosso programa para o ano que se inicia é, pois, estabelecer a verdade da distribuição de Justiça em nosso Estado é ver que, senão todos, ao menos a maioria de nossos concidadãos – sujeito agente – a reconheçam).

23 - Segmento do texto que mostra uma expressão de nível de linguagem bem diferente da formalidade do texto é:

a) “...o pior de todos, com exceção dos outros...”;
b) “E é ela a segunda instituição menos confiável do país.”;
c) “...presos à aplicação da lei, pagamos o pato.”;
d) “E qual é a nossa verdade?”;
e) “Sob um cerco total de má-vontade e desinformação...”

23. Resposta: A – A expressão pagamos o pato é própria da linguagem popular, significando, em linguagem culta, pagamos por aquilo que não devemos.

24 - Em relação aos “mecanismos endógenos”, referidos no 4º. parágrafo do texto, analise os itens a seguir:

I - “...antes vir de dentro que de fora, pelo ajuste de normas e práticas processuais,...”;
II - “Em muitas sociedades a norma de estabilidade é a do ‘poder trava poder’.”;
III - “Ao invés do controle externo, sempre perigoso, talvez se pudesse confiar mais nesse controle sistêmico.”.

Os mecanismos referidos no enunciado correspondem a:

a) I – III;
b) I – II – III;
c) II – III;
d) I – II;
e) III.

24. Resposta: B – Todas as afirmativas se referem a mecanismos endógenos, isto é, que vêm de dentro para fora:

Comentário:

I.Certa – “antes vir de dentro para fora”.
II. e III. Certas – A expressão “poder trava poder” é um mecanismo endógeno, isto é , interno: “Em muitas sociedades tradicionais a norma de estabilidade é a do “poder trava poder. Ao invés do controle externo, sempre perigoso, talvez se pudesse confiar mais nesse controle sistêmico”. A expressão “nesse controle sistêmico refere-se a “poder trava poder”, que está em oposição ao controle externo, portanto, tanto “poder trava poder, como “controle sistêmico” pertencem ao controle interno.

25 - “Recente pesquisa da OAB, mostrou que 55% da população mal conhece o Judiciário. E é ela a segunda instituição menos confiável do país.”; sobre esse segmento pode-se dizer que:

a) o termo “mal” equivale semanticamente a “imperfeitamente”;
b) o pronome “ela” substitui o Poder Judiciário, citado anteriormente;
c) “menos confiável” corresponde a uma forma de superlativo;
d) o segundo período do segmento mostra algo que a pesquisa não mostrou;
e) decorre a informação de que há muitas outras instituições não confiáveis.

6. Resposta: C – A expressão “menos confiável” corresponde ao superlativo relativo de superioridade (= é a menos confiável de todas as instituições do país).

Comentário:

a) O termo mal (oposto a bem), no contexto é um advérbio de intensidade, significando pouco.
Obs.: Na frase “ Ele trabalha mal”, mal é advérbio de modo e significa incorretamente.
b) O pronome ela refere-se a OAB.
d) O segundo período transmite uma informação negativa sobre a OAB, tentando desacreditar a pesquisa: “menos confiável”.
e) O que se deduz é que há outras instituições não confiáveis, o que pode não significar muitas.

Da questão 26 à questão 40, você terá cinco formas da mesma frase; você deve indicar a de forma mais adequada e correta, segundo a norma culta.

26 –

a) Os juízes interviram quando viram os réus frente a frente;
b) Os juízes intervieram quando viram os réus frente à frente;
c) Os juízes intervieram, quando viram os réus frente a frente;
d) Os juízes interviram, quando viram os réus frente à frente;
e) Os juízes intervieram quando viram os réus frente a frente.

26. Resposta: E - O verbo intervir conjuga-se como o verbo vir: vieram – intervieram; não se admite crase com palavras repetidas, portanto o correto seria frente a frente. Com isso, já se eliminam as alternativas a (interviram), b (frente à frente) e d (interviram / frente à frente). Embora seja correto colocar vírgula antes das orações adverbiais (como foi feito na alternativa c), por estar na ordem direta, isto é, depois da principal, é mais adequado (não errado) vir sem vírgula. Assim, a alternativa mais adequada é a e.
Obs.: Se a oração adverbial temporal viesse antes da principal, seria obrigatoriamente separada por vírgula: Quando viram os réus frente a frente, os juízes intervieram.

27 –

a) As decisões dos juízes nada tem a ver com os réus;
b) As decisões dos juízes nada tem haver com os réus;
c) As decisões dos juízes nada têm a ver com os réus;
d) As decisões dos juízes nada têem a haver com os réis;
e) As decisões dos juízes nada têem a ver com os réis.

27. Resposta: C - Como o núcleo do sujeito está no plural (decisões), o verbo fica no plural: têm. Isso invalida as alternativas a, d e e. A expressão correta é nada a ver, que significa nada para ver, o que elimina as alternativas b e d. O plural de réu é réus, eliminando as alternativas d e e. Com isso, a única alternativa correta é a c.

28 -

a) Com exceção da referência às leis, Vossa Excelência, o deputado, falou bem;
b) Com excessão da referência às leis, Sua Excelência, o deputado, falou bem;
c) Com excessão da referência as leis, Sua Excelência, o deputado, falou bem;
d) Com exceção da referência as leis, Vossa Excelência, o deputado, falou bem;
e) Com exceção da referência às leis, Sua Excelência, o deputado, falou bem.

28. Resposta: E - Usa-se Vossa Excelência nos diálogos (quando falamos diretamente com a pessoa) e Sua Excelência nos relatos (quando falamos sobre a pessoa). Como existe a expressão o deputado, é sinal de que falamos dele , portanto o correto é Sua Excelência, eliminando as alternativas a e d. A forma correta é exceção, eliminando b e c. O correto é referência às leis (complemento nominal feminino), invalidando c e d.

Obs.: Sempre que pudermos trocar a palavra feminina por uma masculina qualquer precedida de ao(s), haverá crase: Fiz referência às leis / Fiz referência aos documentos. Mas: conheço as leis / Conheço os documentos. (Neste caso não há correlação às / aos, por isso não ocorre crase).

29 –

a) Se alguém vir o processo, retire-o do pacote em que está;
b) Se alguém ver o processo, retira-o do pacote em que está;
c) Se alguém ver o processo, retire ele do pacote em que está;
d) Se alguém vir o processo, retira-o do pacote em que está;
e) Se alguém ver o processo, retire-o do pacote em que está.

29. Resposta: A – O futuro do subjuntivo do verbo ver é se eu vir, se tu vires, se ele vir...
A forma retire corresponde à terceira pessoa do singular ( retira – corresponde a tu).
Usa-se o e não ele como objeto direto.

30 –

a) A palestra estava meia chata, mas haviam bastantes razões para ficar lá;
b) A palestra estava meio chata, mas havia bastantes razões para ficar lá;
c) A palestra estava meio chata mas havia bastantes razões para ficar lá;
d) A palestra estava meia chata mas havia bastantes razões para ficar lá;
e) A palestra estava meia chata, mas haviam bastante razões para ficar lá.

30. Resposta: A

Comentário:


Usa-se meio como advérbio de intensidade (=um pouco) – meio chata.

Obs.: Como adjetivo, é variável: meio pêssego, meia laranja, meias palavras.
Usa-se bastantes, significando muitos, muitas; é pronome indefinido: bastantes razões.

Obs.: Referindo-se a verbo ou a adjetivo, bastante é advérbio (=muito), por isso, invariável: Trabalhamos bastante / Somos bastante responsáveis. É também variável a forma bastante, significando suficiente. Neste caso, vem depois de substantivo e é adjetivo: Temos provas bastantes.

31 –

a) A ascensão ao novo cargo, encheu o juiz de orgulho;
b) A ascenção ao novo cargo encheu de orgulho o juiz;
c) A ascensão ao novo cargo encheu o juiz de orgulho;
d) A ascenção ao novo cargo, encheu, de orgulho, o juiz;
e) A ascenção ao novo cargo encheu de orgulho, o juiz.

31. Resposta: C

Comentário:


a) Não se coloca vírgula entre sujeito e verbo, por isso a vírgula depois de cargo está errada.
b) A forma correta é ascensão.
d) A forma correta é ascensão; não há vírgula depois de cargo, separando o sujeito do verbo; não há vírgula depois de encheu, pois não se separa o verbo do objeto indireto; não há vírgula depois de orgulho, visto que não se põe vírgula entre o objeto direto e o indireto e vice-versa.
e) A forma correta é ascensão; não há virgula depois de orgulho, porque não se separa o objeto indireto do direto.

32 -

a) Há cerca de dez metros ficava a sede da OAB;
b) A cerca de dez metros ficava a sede da OAB;
c) Acerca de dez metros ficava a séde da OAB;
d) Acerca de dez metros ficava a sede da OAB;
e) A cerca de dez metros ficava a séde da OAB.

32. Resposta: B

Comentário sobre as incorretas:

a) A cerca significa à distância aproximada: A cerca de dez metros.
Obs.: acerca de significa a respeito de, sobre: Falei acerca de poesia. A cerca, também significa a proteção, o muro: O animal derrubou a cerca do terreno.
Há cerca significa faz aproximadamente (tempo passado) ou existem aproximadamente: Viajamos há cerca de vinte dias / Aqui há aproximadamente quarenta alunos.

c) Corrigindo: A cerca; não há razão para acentuar sede.
d) Corrigindo: A cerca.
e) Corrigindo: sede.

33 -

a) O promotor esqueceu vários papeizinhos na gaveta;
b) O promotor se esqueceu de vários papeiszinhos na gaveta;
c) O promotor esqueceu-se de vários papeiszinhos na gaveta;
d) O promotor esqueceu vários papeiszinhos na gaveta;
e) O promotor se esqueceu vários papeizinhos na gaveta.


33. Resposta: A

Comentário:


O verbo esquecer apresenta duas regências: é transitivo direto, isto é, tem complemento direto sem preposição, se não for pronominal: O promotor esqueceu vários papeizinhos (a alternativa a está correta); é transitivo indireto, ou seja, possui complemento com preposição, caso seja pronominal: O promotor esqueceu-se de vários papeizinhos.

Plural dos diminutivos: coloca-se a palavra primitiva no plural, suprime-se o s, e acrescenta-se zinhos ou zinhas: florzinha – flores – flore + zinhas = florezinhas; papelzinho: papéis – papei + zinhos = papeizinhos.

Corrigindo b, c, d, e e: O promotor se esqueceu ( ou esqueceu-se) de vários papeizinhos na gaveta.

34 –

a) Os advogados, inquietos, esperavam o resultado do processo;
b) Inquietos, os advogados esperavam, o resultado do processo;
c) Os advogados, esperavam inquietos o resultado do processo;
d) Os advogados, esperavam, inquietos, o resultado do processo;
e) Os advogados inquietos o resultado do processo esperavam.

34. Resposta: A

Comentários sobre as incorretas:

b) Não se coloca vírgula entre verbo e objeto direto.
Corrigindo: Inquietos, (virgula correta, predicativo anteposto ao verbo) os advogados esperavam o resultado do processo.
c) e d) Não se coloca vírgula ente sujeito e verbo (primeira ocorrência); o predicativo inquietos não se separa por vírgulas.
Corrigindo: Os advogados esperavam inquietos o resultado do processo.
e) Oração confusa, por não estar na ordem direta. Alem disso, o predicativo, como está antes do verbo, deveria vir entre vírgulas.
Corrigindo: Os advogados, inquietos, esperavam o resultado do processo.

35 -

a) O Tribunal funciona, aos sábados, das 7 as 12 horas;
b) O Tribunal funciona aos sábados de 7 à 12 horas;
c) O Tribunal funciona, aos sábados, de 7 às 12 horas;
d) O Tribunal funciona, aos sábados, das 7 às 12 horas;
e) O Tribunal, aos sábados, funciona, de 7 à 12 horas.

35. Resposta: D – Com horas determinadas, a crase é obrigatória. Além disso, por paralelismo, antes do primeiro numeral não se usa de, mas das (preposição + artigo): das 7 às 12 horas. Com isso, eliminam-se todas as alternativas, com exceção da d.

36 -

a) Em princípio, nenhuma foto pode estar anexo à mensagem;
b) A princípio, nenhuma foto pode estar em anexo à mensagem;
c) Em princípio, nenhuma foto pode estar anexa à mensagem;
d) A princípio, nenhuma foto pode estar anexa a mensagem;
e) Em princípio nenhuma foto pode estar em anexo a mensagem.

36. Resposta: C

Comentário:


Em princípio significa em tese, teoricamente: Em princípio, nenhuma foto pode estar anexa à mensagem.
A princípio significa no começo, inicialmente: A princípio ele mostrava-se nervoso; com o passar do tempo, tranqüilizou-se.
O termo anexo concorda com o substantivo a que se refere: foto anexa, fotos anexas, documento anexo, documentos anexos.
Obs.: A expressão em anexo é invariável: fotos em anexo, documentos em anexo.
O adjetivo anexo exige complemento nominal, por isso crase. Veja a substituição por palavra masculina: anexa à mensagem (anexa ao convite)

37 -

a) Espero que lhes tenha prevenido de que quero apartes durante a sessão;
b) Espero que os tenha prevenido que quero apartes durante a seção;
c) Espero que os tenha prevenido de que quero apartes durante a sessão;
d) Espero que lhes tenha prevenido que quero apartes durante a seção;
e) Espero que os tenha prevenido de que quero apartes durante a seção.

37. Resposta: C

Comentário
:

O verbo prevenir é transitivo direto de pessoas e transitivo indireto de coisas: prevenir alguém de alguma coisa. Como sabemos, usa-se o/a para objeto direto e lhe para objeto indireto: Espero que os (o.d) tenha prevenido de que quero apartes (o.i.).
Aqui, emprega-se sessão, significando reunião.
Obs.: seção ou secção = corte, divisão; cessão = ato de ceder.

38 -

a) A vítima estava obcecada pelo som dos alto-falantes;
(b) A vítima estava obsecada pelo som dos altofalantes;
c) A vítima estava obcecada pelo som dos altosfalantes;
d) A vítima estava obsecada pelo som dos altosfalantes;
e) A vítima estava obcecada pelo som dos altosfalante.

38. Resposta: A

Comentário:


É assim que se escreve: obcecada.
O plural de alto-falante é alto-falantes.

39 -

a) Parecem ter havido bastantes erros no processo;
b) Parece ter havido bastante erros no processo;
c) Parecem ter havido bastante erros no processo;
d) Parece ter havido bastantes erros no processo;
e) Parece terem havido bastante erros no processo.

39. Resposta: D

Comentário:


Quando o verbo haver significa existir, ocorrer, fica no singular. Nesse caso o(s) auxiliares também fica(m) no singular.
Usa-se bastantes quando puder ser substituído por muitos, muitas. É pronome indefinido.

40 -

a) Nunca mais existiu problemas entre mim e o promotor;
b) Nunca mais existiram problemas entre mim e o promotor;
c) Nunca mais existiu problemas entre eu e o promotor;
d) Entre eu e o promotor, nunca mais existiram problemas;
e) Entre mim e o promotor, nunca mais existiu problemas.

Resposta: 40. B

Comentário:


O verbo existir concorda com o sujeito problemas: existiram problemas. Usa-se eu para sujeito e mim para complemento. Como a expressão iniciada por entre não é sujeito, exige mim: entre mim e o promotor. Entre eu trabalhar e me divertir, prefiro a primeira opção. Neste caso, usa-se eu porque é sujeito de trabalhar.

Um comentário:

Anônimo disse...

A resolução desta prova veio na hora certa: é que eu pretendo fazer concuso para o TJ. Excelentes comentários, professor!
Que tal comentar a última prova de Oficial de Justiça?
Um abraço.
Robeto Sales