sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Prova NCE – INCRA – TÉCNICO EM REFORMA E DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO

Prova comentada por Henrique Nuno Fernandes

Internet, telefone e mais de 39 mil terminais de auto-atendimento. São muitas as opções para você movimentar a sua conta, efetuar pagamentos, obter crédito, receber benefícios, adquirir produtos e o que mais você precisar. É para isso que o Banco do Brasil investe tanto em tecnologia: para estar o tempo todo com você.

(O Globo, 06/10/2005)

1 - No texto publicitário do BB há um desvio em relação ao emprego de formas adequadas:

(A) o vocábulo auto-atendimento deve ser grafado sem hífen: autoatendimento;
(B) a expressão “mais de” deve ser substituída por “mais”;
(C) após “opções” a preposição "para" deve ser substituída por de;
(D) o segmento “que mais você precisar” deve ser precedido por de;
(E) na expressão “É para isso” o pronome isso deve ser substituído por isto.

1. Resposta: D – O verbo precisar exige a preposição de (quem precisa, precisa de). Corrigindo: ... “adquirir produtos e o de que mais você precisar ( = precisar de que)”.

Comentário sobre as outras alternativas:

a) O prefixo auto liga-se por hífen à palavra seguinte quando esta se iniciar por vogal, h, r e s: auto- atendimento, auto-humilhação, auto-retrato, auto-serviço.

Obs.: Quando a palavra seguinte não começar com vogal, h, r, s, o prefixo fica junto dessa palavra: autocrítica, autopeças.

b) Com a expressão “mais de”, significa dizer que os terminais excedem os 39 mil, por isso está correta. Se fosse usado “mais”, os terminais seriam exatamente 39 mil, o que modificaria o sentido.
c) Nesse trecho há idéia de finalidade: opções para (=com a finalidade de) movimentar sua conta. Se a preposição para fosse trocada por de, o sentido seria alterado: opções de movimentar sua conta ( = muitos modos de movimentar sua conta).
e) Usa-se isso para se refere ao que foi dito (= os investimentos feitos pelo Banco do Brasil)
Obs.: Usa-se isto em referência ao que ainda vai ser dito: Tudo isto me interessa: livro, revista e jornal (o pronome isto refere-se a “livro”, “revista” e “jornal”).

2 - Como muitos textos publicitários, este também apela para o duplo sentido. O segmento do texto que permite uma dupla leitura, com dois significados distintos, é:

(A) são muitas as opções;
(B) estar o tempo todo com você;
(C) terminais de auto-atendimento;
(D) movimentar a sua conta;
(E) investe tanto em tecnologia.

2. Resposta: B – A expressão “estar o tempo com você pode significar “estar sempre (todos os minutos, todas as horas, todos os dias) OU “estar quando você necessitar”.

3 - Se, no segundo período do texto, transformarmos as cinco primeiras orações reduzidas de infinitivo em orações desenvolvidas na forma passiva pronominal (com o pronome SE), as formas verbais adequadas serão, respectivamente:

(A) movimente – efetue – obtenha – receba – adquira;
(B) movimentem – efetuem – obtenham – recebam – adquiram;
(C) movimente – efetuem – obtenha – recebam – adquiram;
(D) movimentem – efetue – obtenham – receba – adquira;
(E) movimente – efetue – obtenha – receba – adquiram.

3. Resposta:C

Nas orações reduzidas, o verbo encontra-se numa forma nominal (infinitivo, gerúndio ou particípio; nas orações desenvolvidas, o verbo fica no indicativo, no subjuntivo ou no imperativo, e são geralmente introduzidas por conectivo.
Vamos à transformação: São muitas as opções para que você movimente a sua conta, efetue pagamentos, obtenha crédito, receba benefícios, adquira produtos.


A transformação da voz ativa para a voz passiva pronominal (= sintética) ocorre do seguinte modo: o objeto direto passa a sujeito agente, o verbo fica no mesmo tempo e modo da voz ativa, seguido de se e concordando com esse sujeito paciente:

1. para que você (sujeito) movimente a sua conta objeto direto) = para que se movimente a sua conta (sujeito paciente).
2. para que você (sujeito) efetue pagamentos (o.d.) = para que se efetuem pagamentos (sujeito paciente). O verbo está no plural porque concorda com o sujeito “pagamentos”.
3. para que você (sujeito) obtenha crédito (o.d.) = para que se obtenha crédito (sujeito paciente).
4. para que você (sujeito) receba benefícios (o.d) = para que se recebam benefícios (sujeito paciente). O verbo está no plural para concordar com o sujeito “benefícios”.
5. para que você (sujeito) adquira produtos (o.d.) = para que se adquiram produtos (sujeito paciente). O verbo está no plural, pois concorda com o sujeito “produtos”.

4 - Se substituirmos as cinco primeiras construções com verbos no infinitivo no segundo período do texto por construções nominais, empregando substantivos no lugar dos verbos, os substantivos adequadamente empregados serão, respectivamente:

(A) movimentação – efetuação – obtenção – recebimento - aquisição;
(B) movimento – efetuamento – obtenção – recepção - adquirimento;
(C) movimentação – efetuamento – obtenção – recepção - adquirimento;
(D) movimento – efetuação – obtenção – recebimento - adquerência;
(E) movimentação – efetuação – obtimento – recebimento – aquisição.

4. Resposta: A – Esta alternativa não contém erros.

Comentário sobre as outras alternativas:

b) Embora exista o substantivo movimento (ato de mover, deslocamento), o substantivo equivalente a movimentar é movimentação (ato de movimentar); não existe o vocábulo efetuamento, mas efetuação; não existe o substantivo adquirimento, mas aquisição.
c) Como comentamos na alternativa anterior, estão errados os termos efetuamento e adquirimento; Apesar de haver o substantivo recepção, o mais adequado, no sentido de “tomar o que é devido”, é recebimento.
d) Já comentamos sobre movimento na alternativa b; não existe o vocábulo adquerência, mas aquisição.
e) Não existe o substantivo obtimento, mas obtenção.

Texto 2

A CAIXA tem uma linha de crédito tamanho família. Um deles é para você. Se você é assalariado ou servidor público, tem crédito com desconto em folha para comprar seu computador ou o que precisar. As taxas e os prazos são os mais vantajosos do mercado. Pode conferir e comparar. E o desconto é direto na folha, para você não ter trabalho nem na hora de pagar. Vem pra CAIXA você também. Vem.

(Veja, 12/10/2005)

5 - “Se você é assalariado... tem crédito”; a alternativa abaixo que mostra uma concordância INADEQUADA entre os tempos verbais é:

(A) Se você fosse assalariado... teria crédito;
(B) Se você for assalariado... terá credito;
(C) Se você foi assalariado... teve crédito;
(D) Se você tivesse sido assalariado... teria tido crédito;
(E) Se você seja assalariado... tem crédito.

5.Resposta: E – Trata-se de correlação verbal. O correto seria: Se você é assalariado... tem crédito.

6 - Como o texto 2 é do tipo publicitário, ele tenta convencer o leitor a fazer algo e, para isso, oferece vantagens; a principal dessas vantagens é:

(A) a comodidade;
(B) o baixo preço;
(C) a segurança;
(D) a qualidade do produto;
(E) o curto prazo para pagamento.

6. Resposta: A – A principal vantagem é a comodidade, isto é, a praticidade e a facilidade de obtenção de credito e de pagamento das prestações.

Comentário sobre as outras alternativas:

b) O que se fala no texto é de taxas(= impostos)vantajosas; não se faz referência a preços (= custo de alguma coisa posta à venda).
c) Não há alusão a segurança.
d) Não existe produto à venda, oferece-se empréstimo de dinheiro.
e) O texto fala de prazos vantajosos, não de curtos ou longos.

7 - Na frase – Vem pra CAIXA você também – há um erro gramatical que já foi bastante comentado; o desvio da norma culta, neste caso, está:

(A) no uso de “pra” em lugar de “para”;
(B) na grafia em maiúsculas do vocábulo CAIXA;
(C) no tratamento íntimo “você” em lugar de “o senhor”;
(D) o uso do imperativo, com um tom inadequado de ordem;
(E) a mistura de tratamentos.

7. Resposta: E – O erro é a mistura de tratamentos: você e tu. A forma verbal vem é de segunda pessoa (tu), que não combina com você. Corrigindo: Venha pra CAIXA você também OU Vem pra CAIXA tu também.

a) O termo “pra” é a contração da preposição “para” com o artigo feminino a, forma coloquial, que denota intimidade com o cliente.
b) O autor do texto optou por grafar essa palavra com todas as letras maiúsculas para lhe dar destaque.
c) O objetivo da propaganda é criar intimidade; a forma de tratamento “o senhor” é muito formal, o que criaria um distanciamento com o público.
d) O imperativo, forma direta de se dirigir ao interlocutor, não só indica ordem; neste caso, expressa convite.

8 - No texto, muitos termos não foram escritos, já que não é necessário escrevê-los, fazendo o que se chama de elipse; em todos os segmentos das alternativas abaixo, completamos os termos com o que foi omitido, escrito em maiúsculas. A alternativa que mostra um complemento INADEQUADO é:

(A) desconto em folha DE PAGAMENTO;
(B) as taxas DO CREDIÁRIO;
(C) os prazos PARA PAGAMENTO;
(D) vantajosos do mercado FINANCEIRO;
(E) Pode conferir e comparar OS PREÇOS.

8. Resposta: E – O complemento adequado seria “AS TAXAS E PRAZOS”.

9 - O texto emprega uma linguagem coloquial e na frase “A CAIXA tem uma linha de crédito tamanho família”, está empregando o verbo TER em lugar de outro, de significado mais preciso; a alternativa abaixo que indica corretamente esse verbo é:

(A) reserva;
(B) dispõe de;
(C) possui;
(D) conserva;
(E) contém.

9. Resposta: B – A forma adequada é “dispõe de”, no sentido de por a linha de crédito à disposição do cliente.

Texto 3

Você é único. E nós temos o computador para você. Pessoas como você nasceram para brilhar. Se você quer se
destacar na vida, na escola e no trabalho, o seu computador é Positivo.

(Veja, 12/10/2005)

10 - Ao incluir no texto o segmento “na vida, na escola e no trabalho”, o texto pretende:

(A) mostrar os variados tipos de computadores;
(B) indicar as utilizações adequadas do produto;
(C) demonstrar as vantagens da compra;
(D) ampliar a gama de compradores;
(E) destacar a durabilidade do computador.

10. Resposta: D – O texto pretende abranger todos os tipos de compradores.

Comentário sobre as outras alternativas:

a) O texto não fala em tipos de computador, e, sim, para qualquer tipo de computador.
b) Não há referência à utilização adequada do computador.
c) Não se demonstram as vantagens da compra.
e) Não se faz referência à durabilidade do computador.

11 - Para o convencimento do leitor, neste caso, o publicitário apela para a:

(A) tentação;
(B) intimidação;
(C) sedução;
(D) provocação;
(E) comodidade.

11. Resposta: C – Seduzir significa levar alguém a aceitar nosso ponto de vista pelos sentimentos ou pela emoção, isto é, satisfazendo nossos desejos. O texto usa uma palavra cativante: brilhar. Todos nós desejamos brilhar, ou seja sobressair, ter sucesso.

Texto 4 - PERIGO REAL E IMEDIATO

Desde que a era das fotografias espaciais começou, há quarenta anos, uma nova e prodigiosa imagem se formou no
arquivo mental da humanidade sobre o que é o planeta no qual vivemos. Do nosso ponto de vista no universo, provavelmente não existe nada que se compare à beleza desta vívida esfera azul, brilhando na imensidão do espaço, água e terra entrelaçadas num abraço eterno, envoltas num cambiante véu de nuvens.
O que as fotos não mostram, mas sabemos existir mais abaixo, é igualmente de arrepiar. A luxuriante diversidade da vida espalhada por florestas, montanhas, desertos, oceanos, rios, vibrando num diapasão constante que evoca uma história de 3,5 bilhões de anos, desde as bactérias primevas até tudo o que respira, exala, anda, rasteja, suga, fotossintetiza-se, multiplica-se e replica-se neste momento exato, em nosso planeta. Além de tudo cuja existência conhecemos, ainda há o que apenas supomos. “A totalidade da vida, conhecida como biosfera pelos cientistas e criação pelos teólogos, é uma membrana tão fina de organismos que envolve a Terra que não pode ser vista a partir de uma nave espacial, porém internamente é tão complexa que a maior parte das espécies que a compõem está por ser descoberta”, escreveu, numa tentativa de síntese da grandiosidade do fenômeno, Edward O. Wilson, o grande biólogo americano.

(Vilma Gryzinski – Veja, 12/10/2005)

12 - “Desde que a era das fotografias espaciais começou, há quarenta anos...”; a forma dessa mesma frase, entre as que estão abaixo, que NÃO lhe é semanticamente equivalente é:

(A) Desde que, há quarenta anos, teve começo a era das fotografias espaciais...
(B) A partir do começo da era das fotografias espaciais, há quarenta anos...
(C) Há quarenta anos, desde que a era das fotografias espaciais começou...
(D) Desde que começou, há quarenta anos, a era das fotografias espaciais...
(E) Desde quarenta anos atrás, começou a era das fotografias espaciais...

12. Resposta: E – É uma questão de paráfrase (reescritura do texto, mantendo-se o sentido). A alternativa e está mal articulada. O que se poderia fazer era empregar a palavra atrás, embora menos formal, no lugar de há: Desde que, quarenta anos atrás, começou a era das fotografias espaciais...

Obs.: Não se deve usar a forma com atrás, ambas as palavras indicam tempo passado: Viajai há duas semanas atrás – ERRADO (pleonasmo).
Corrigindo: Viajei há duas semanas (mais formal) OU Viajei duas semanas atrás (menos formal).

13 - “nada que se compare à beleza desta vívida esfera azul”; uma outra forma passiva desta frase é:

(A) nada que seja comparado à beleza desta vívida esfera azul;
(B) nada comparado à beleza desta vívida esfera azul;
(C) nada que se possa comparar à beleza desta vívida esfera azul;
(D) nada comparável à beleza desta vívida esfera azul;
(E) nada que seja comparável à beleza desta vívida esfera azul.

13. Resposta: A – O trecho destacado está na voz passiva sintética (verbo transitivo direto e indireto + se.

Veja como ocorre a transformação da voz passiva sintética em voz passiva analítica: mantém-se o sujeito paciente (nada), substitui-se o verbo (compare – presente do subjuntivo) pelo verbo ser, no mesmo tempo (seja), suprime-se o se e acrescenta-se o particípio do verbo que está empregado (comparado): nada que seja comparado à beleza desta vívida esfera azul.

14 - As regras de concordância nominal dizem que o adjetivo posposto a dois substantivos concorda com o mais próximo ou com o plural dos dois; no caso de “água e terra entrelaçadas”, a afirmativa correta, entre as que estão abaixo, é:

(A) o adjetivo também poderia aparecer na forma “entrelaçada”;
(B) a forma “entrelaçados” do adjetivo também estaria correta;
(C) se anteposto, a única forma possível do adjetivo seria “entrelaçada”;
(D) por coerência lógica, a única forma possível do adjetivo é “entrelaçadas”;
(E) o adjetivo refere-se exclusivamente ao substantivo “água”.

14. Resposta:D - A expressão “água e terra” é sujeito composto; “entrelaçadas” é predicativo do sujeito (... água e terra (sujeito) brilhando entrelaçadas = água e terra brilhando e estão entrelaçadas). A regra de concordância do adjetivo predicativo com o sujeito composto é a seguinte: quando o sujeito composto é formado por substantivos do mesmo gênero, o predicativo posposto (depois dos substantivos) fica no gênero deles, portanto como o sujeito é formado por duas palavras femininas (água / terra), o predicativo fica no plural feminino: entrelaçadas, e não, entrelaçada, conforme está na alternativa a.

Comentário sobre as outras alternativas:

b) Não poderia ser “entrelaçados”, já que se refere a duas palavras femininas.
c) Quando o adjetivo predicativo vem anteposto ao substantivo, é possível concordar com o substantivo mais próximo (entrelaçada água) ou com os dois (entrelaçadas água e terra), portanto há duas formas possíveis de concordância.
e) O adjetivo refere-se a “água” e “terra”.

Obs.: A regra expressa no enunciado está incompleta. Observemos como é a regra, com exatidão: o adjetivo posposto a dois substantivos, desde que seja adjunto adnominal, concorda com o substantivo mais próximo ou com os dois. Exemplo: Comprei livro e revista estrangeira (ou estrangeiras) / Comprei livro e revistas estrangeiras (ou estrangeiros) / Comprei revista e livro estrangeiro (ou estrangeiros).

15 - “envoltas num cambiante véu de nuvens”; a forma “envoltas” corresponde ao particípio irregular do verbo “envolver”, que também possui a forma “envolvido”. O verbo abaixo que NÃO admite duplo particípio é:

(A) morrer;
(B) escrever;
(C) matar;
(D) pegar;
(E) eleger.

15. Resposta: B – O verbo escrever só possui uma forma no particípio: escrito: O chefe havia escrito o documento / O documento foi escrito.

Obs.: Há verbos que têm duplo particípio (= verbos abundantes). As formas regulares (= terminadas em ado ou ido) são usadas na voz ativa, com os verbos ter e haver; as irregulares, na voz passiva, com os verbos ser, estar, ficar, etc.(verbos de ligação).
Exemplo: O juiz havia (ou tinha) expulsado o jogador (voz ativa) / O jogador foi expulso (voz passiva).

Comentário sobre as outras alternativas:

Nas outras alternativas, os verbos possuem duplo particípio.

a) morrer: morrido / morto;
c) matar: matado / morto;
d) pegado / pego;
e) elegido / eleito.

16 - Entre os segmentos abaixo, aquele que certamente NÃO pode ser visto em fotografias espaciais é:

(A) vívida esfera azul;
(B) brilhando na imensidão do espaço;
(C) água e terra entrelaçadas;
(D) abraço eterno;
(E) cambiante véu de nuvens.

16. Resposta: D – A expressão “abraço eterno” está empregada em sentido conotativo (figurado); é uma metáfora, que corresponde a “como se estivessem num abraço eterno), por não é para ser fotografada, mas “sentida”.

17 - O aspecto do planeta que NÃO está presente na imagem citada no segundo período do texto é:

(A) a luminosidade;
(B) a composição;
(C) a beleza;
(D) o colorido;
(E) a localização.

17. Resposta: E – No texto, não se fala do lugar (onde) do espaço.

Comentário sobre as outras alternativas:

Vejamos as palavras que confirmam as alternativas abaixo:

a) “brilhando na imensidão do espaço”;
b) “água”, ‘terra”, “nuvens”;
c) ”beleza desta vívida esfera azul”;
d) “esfera azul”, “num cambiante véu de nuvens”;


18 - “O que as fotos não mostram...”; as fotos não mostram as realidades aludidas no texto porque:

(A) as fotos não registram o movimento;
(B) a vida não pode ser registrada por fotos;
(C) as fotos são feitas à grande distância;
(D) as nuvens não permitem ver o planeta de forma clara;
(E) os detalhes aludidos são muito pequenos.

18. Resposta: C – Devido à grande distância, as fotos, que são tiradas de dentro de uma nave espacial, não conseguem mostrar o que há mais abaixo: “A luxuriante diversidade da vida espalhada por florestas, montanhas, desertos, oceanos...”

19 - Na caixa de um dos numerosos motoqueiros encarregados de entregas em domicílio estava escrita a palavra delivery. O comentário que NÃO tem fundamento em relação a essa palavra de língua inglesa, cujo significado é “entrega”, é:

(A) a palavra não foi adaptada ao sistema ortográfico de língua portuguesa;
(B) delivery, por ser palavra da língua inglesa, não provoca simpatia entre nós;
(C) o significado da palavra é adequado à situação em que é empregada;
(D) a língua portuguesa dispõe de palavra que traduz a mesma idéia;.
(E) o emprego dessa palavra está ligado a um modismo.

19. Resposta: B – É uma justificativa sem fundamento, pois há milhares de palavras em inglês.

Comentário sobre as outras alternativas:

a) A palavra não foi adaptada ao nosso sistema ortográfico, pois na língua portuguesa não há vocábulos terminados em y.
c) O significado da palavra é adequado, visto tratar-se de entregas em domicílio.
d) A própria palavra entrega traduz a mesma idéia.
e) Não passa de modismo autilização de muitas palavras estrangeiras: seu uso é desnecessário, visto que temos vocábulos correspondentes na língua portuguesa.

20 - A expressão “neste momento exato” equivale ao advérbio “agora”; a alternativa abaixo que mostra uma relação INADEQUADA entre expressão e advérbio equivalente é:

(A) em tempos passados = outrora;
(B) em momento algum = nunca;
(C) a todo momento = sempre;
(D) muitas vezes = freqüentemente;
(E) algumas vezes = temporariamente.

20. Resposta: E – Corrigindo: algumas vezes = esporadicamente.

21 - Entre o primeiro e o segundo parágrafo é estabelecida uma relação de:

(A) comparação;
(B) oposição;
(C) adição;
(D) explicitação;
(E) alternância.

21. Resposta: C – O segundo parágrafo acrescenta outras qualidades do universo.

22 - “é igualmente de arrepiar”; a sensação do verbo “arrepiar”, neste caso, é causada pelo(pela):

(A) medo;
(B) nervosismo;
(C) encantamento;
(D) espanto;
(E) preocupação.

22. Resposta: C – O ser humano fica encantado com a “luxuriante diversidade da vida espalhada por florestas, montanhas, desertos, oceanos, rios, vibrando num diapasão constante...”.


23 - Muitos gramáticos condenam o uso de um mesmo complemento referido a verbos de regência diferente, o que ocorre em:

(A) entrar e sair de casa;
(B) contemplar e pintar a paisagem;
(C) ler e memorizar o telefone;
(D) conhecer e admirar a obra do artista;
(E) precisar e gostar de boas companhias.

23. Resposta: A – O verbo entrar exige a preposição em; sair exige de. Como há duas preposições diferentes, segundo a norma tradicional a frase ficaria assim: entrar em casa e sair (de casa, dela).

Comentário sobre as outras alternativas:
b), c) e d) Esses verbos exigem objeto direto, ou seja, complemento sem preposição.
e) Os verbos precisar e gostar exigem objeto indireto, com a mesma preposição (de); nesse caso não é necessário repetir o complemento.

24 - Muitos acentos gráficos em língua portuguesa são empregados para mostrar algum tipo de diferença entre palavras; a alternativa cujo motivo de empregar-se o acento gráfico é diferente dos demais é:

(A) pára / para;
(B) pôr / por;
(C) pêlo / pelo;
(D) pôde / pode;
(E) pólo / polo.

24. Resposta: D – Em pôde há acento diferencial de timbre para diferenciar o pretérito perfeito (pôde) do presente (pode).

Comentário sobre as outras alternativas:

Nas demais alternativas, há acento diferencial de tonicidade, isto é, acentuam-se as palavras tônicas que têm a mesma grafia que as átonas. Neste caso, as palavras mudam de classe gramatical:

a) para(verbo / para (preposição);
b) pôr (verbo) / por (preposição);
c) pêlo (substantivo) / por (preposição);
e) pólo (substantivo) / pólo (prep. por + artigo o).

25 – (adaptada) Sabemos que só os verbos transitivos diretos admitem a forma passiva; por isso, a alternativa que mostra uma forma adequada de passiva é:

(A) O cargo foi visado pelo candidato;
(B) O julgamento foi procedido por um jovem juiz ;
(C) O chefe foi substituído pelo novo funcionário;
(D) O presidente Juscelino foi sucedido por Jânio Quadros;
(E) A peça será acontecida no dia 28 de agosto.

25. Resposta: C – O verbo substituir é transitivo direto, por isso admite a voz passiva. Na passagem da voz passiva analítica para a ativa, o agente da passiva (pelo novo funcionário) passa a sujeito agente; o verbo principal da passiva (substituir) passa para o mesmo tempo do verbo ser da passiva; o sujeito paciente ( O chefe) passa a objeto direto: “O chefe foi substituído pelo novo funcionário” corresponde na voz ativa a “O novo funcionário (sujeito) substituiu o chefe (objeto direto)”.

Comentário sobre as outras alternativas:

a) O verbo visar, no sentido de “pretender”, “almejar”, é transitivo indireto, por isso só admite a voz ativa: O candidato visou ao cargo.
b) O verbo proceder, no sentido de “iniciar”, “executar alguma coisa”, é transitivo indireto, portanto só pode ficar na voz ativa: Um jovem juiz procedeu ao julgamento.
d) O verbo suceder, no sentido de “substituir” é transitivo indireto, desse modo admite somente a voz ativa: Jânio Quadros sucedeu ao presidente Juscelino.
e) o verbo acontecer é intransitivo, por conseguinte apenas admite a voz ativa: A peça acontecerá no dia 28 de agosto.

26 - Nos dicionários de língua portuguesa ocorre o registro de atitude como equivalente a “conduta”, e o registro de postura como equivalente a “modo de manter o corpo”. A frase abaixo em que se empregou o vocábulo postura de forma inadequada, segundo a indicação dos dicionários, é:

(A) O exército exige dos soldados uma postura ereta;
(B) O médico falou sobre a postura viciosa do doente como origem do mal;
(C) O diretor assumiu uma postura enérgica contra os abusos;
(D) A postura é uma das preocupações das modelos;
(E) Por causa da operação na coluna, o ator devia preocupar-se com a postura.

26. Resposta: C – O vocábulo “postura” deveria ser trocado por conduta, atitude, procedimento moral, pois não se trata do “modo de manter o corpo”.

27 - A frase abaixo em que o verbo colocar, cujo sentido original é “pôr cuidadosamente em um dado lugar” NÃO está sendo empregado em lugar do verbo pôr é:

(A) Colocaram-se abaixo construções ilegais;
(B) No zoológico, jacaré-fêmea colocou um ovo;
(C) O Banco colocou em leilão dez casas;
(D) A empregada colocou tudo nos locais de sempre;
(E) O ministro pretende colocar em dia a papelada.

27. Resposta: D – O verbo colocar, nesta alternativa corresponde a “manter”: A empregada manteve tudo nos locais de sempre

28 - A alternativa em que NÃO se deve substituir o complemento verbal sublinhado pelo pronome pessoal LHE ou LHES é:

(A) A resposta agradou ao repórter;
(B) Pensou em perdoar ao adversário;
(C) Agradeceu a todos os presentes;
(D) Demos aos recém-chegados as boas-vindas;
(E) O ministro sempre visou a bons resultados.

28. Resposta: E – Alguns verbos transitivos indiretos, com complemento precedido de preposição a (referindo-se a “coisas” ou a “pessoas”), não aceitam lhe ou lhes, mas a ele(s), a ela(s): assistir, aspirar, aludir, proceder, recorrer, visar, etc. Assim, usando o pronome, a frase ficaria deste modo: O ministro sempre visou a eles.

Comentário sobre as outras alternativas:

Em geral o objeto indireto, quando corresponde a pessoa, pode ser substituído por lhe ou lhes:

a) A reposta agradou-lhe;
b) Pensou em perdoar-lhe;
c) Agradeceu-lhes;
d) Demos-lhes.

29 - A alternativa em que o pronome LHE está mal empregado é:

(A) Só lhe comuniquei de minha decisão ontem;
(B) Não lhe desejo mal;
(C) Deste ator só lhe conhecia a foto;
(D) Vou apresentar-lhe meu amigo;
(E) Atribuímos-lhe uma atitude negativa.

29. Resposta: A – Usa-se o, a para objeto direto e lhe para objeto indireto. O verbo comunicar é transitivo direto de “coisa” e transitivo indireto de “pessoa” OU transitivo direto de “pessoa” e transitivo indireto de “coisa”. Na alternativa a, existem dois objetos indiretos, o que é inadmissível. Assim, a frase admite duas construções: Só lhe (o.i. de pessoa) comuniquei minha decisão (o.d. de coisa) ontem OU Só o (o.d. de pessoa) comuniquei de minha decisão (o.i. de coisa) ontem.

Obs.: Como comunicar, admitem duas regências: informar, avisar, aconselhar, ensinar, proibir.

Comentário sobre as outras alternativas:

b) lhe – o.i., mal – o.d.;
c) lhe – adjunto adnominal (corresponde ao pronome possessivo sua = Deste autor sua conhecia sua foto); a foto – o.d.;
d) lhe – o.i., meu amigo – o.d.;
e) lhe – o.i., uma atitude negativa – o.d.

30 - A alternativa em que há erro no emprego da preposição, exigida por regência nominal ou verbal:

(A) Ela ficou indiferente a todo o movimento;
(B) Seu salário foi equivalente ao de seu amigo;
(C) Referiu-se a acontecimentos recentes;
(D) Entregou-se a uma vida devassa;
(E) Informou a todos de que não viria.

30. Resposta: E – Já vimos na questão anterior que o verbo informar admite duas regências, e que o verbo não pode ter dois objetos indiretos.
Corrigindo: Informou a todos (o.i.) que não viria (o.d).

31 - Assinale a frase com ERRO de concordância da palavra mesmo:

(A) A Portuguesa, mesmo derrotada, não cairá para a segunda divisão;
(B) Ela mesma arrumou toda a casa;
(C) Joana é teimosa mesmo;
(D) As folhas rasgaram-se por si mesmo;
(E) Na mesma praça, no mesmo jardim.

31. Resposta: D – O termo mesmo, usado no sentido de “próprio”, concorda como substantivo ou com o pronome a que se refere. Corrigindo: As folhas rasgaram-se por si mesmas (= por si próprias).

Comentário sobre as outras alternativas:

a) mesmo = embora (invariável),
b) mesmo = próprio (concorda com a palavra a que se refere): ela mesma, ele mesmo, elas mesmas, eles mesmos;
c) mesmo = de fato, realmente, até (invariável);
e) mesmo = exatamente igual (concorda com o substantivo a que se refere): Falamos os mesmos assuntos, as mesmas palavras.

32 - A alternativa em que o verbo deverá ficar somente no singular, diferentemente dos demais itens, nos quais poderá ir tanto para o singular quanto para o plural, é:

(A) Ou a depressão ou a doença acabará por matá-lo;
(B) Ou o romance ou o conto será lido nas férias;
(C) Ou o presidente ou o diretor chegará antes;
(D) Ou a minha ou a tua viagem entristece a todos;
(E) Ou o queijo ou a geléia será do agrado de todos.

32. Resposta: C – Se a conjunção ou indicar exclusão (somente um chegará), o verbo fica obrigatoriamente no singular.

Obs.: Quando a ação se refere a todos os núcleos do sujeito, o verbo vai para o plural (alguns gramáticos aceitam o verbo no singular – como está nas demais alternativas:

Comentário sobre as outras alternativas:

a) acabará (ou acabarão);
b) será lido (ou serão lidos);
d) entristece (ou entristecem);
e) será (ou serão).

33 - A alternativa que apresenta um caso de silepse de gênero (concordância ideológica) é:

(A) V. Exa. é bastante atenciosa;
(B) As leis, o sr. Diretor e você as escreveram;
(C) Visitou a bela Rio de Janeiro;
(D) Ninguém mais o viu por lá;
(E) Todos a queriam conhecer.

33. Resposta: C – "Silepse" é a concordância com a idéia e não com os termos da oração. Pode ser de três tipos: de gênero, de número e de pessoa. Nesta alternativa, houve silepse de gênero, pois bela (feminino) não concordou com Rio de Janeiro (masculino), mas com a palavra subentendida cidade ( = a bela cidade do Rio de Janeiro).

a) Não houve silepse, já que Excelência, assim como atenciosa são do mesmo gênero. Haveria silepse de gênero, caso se tratasse de homem: Vossa Excelência (feminino) é bastante atencioso.
b), c) e e) Não há qualquer tipo de concordância ideológica, pois o verbo concorda com o sujeito normalmente.

Obs.: Silepse de número: Estamos (plural) muito feliz (singular) = Estou muito feliz. / O casal viajou: aproveitaram as férias (o verbo não concorda com o sujeito “o casal”, mas com a idéia de que são duas pessoas.
Silepse de pessoa: Os brasileiros somos trabalhadores. (Os brasileiros é sujeito que pede a terceira pessoa do plural; no entanto, o verbo está na primeira pessoa do plural, pois a pessoa que falou também faz parte dos brasileiros.)

34 - Assinale a opção em que os dois enunciados NÃO querem dizer fundamentalmente a mesma coisa:

(A) desde o descobrimento da vacina / a partir da descoberta da vacina;
(B) dinheiro de que ia se apossando / dinheiro do qual ia se apossando;
(C) estabelecer melhores princípios / estabelecer melhor os princípios;
(D) as línguas francesa e inglesa / a língua francesa e a inglesa;
(E) critério que ele adotou / critério que foi por ele adotado.

34. Resposta: C – Na expressão “estabelecer melhores princípios”, o adjetivo melhores (comparativo de superioridade = mais bom) qualifica os princípios; em “estabelecer melhor os princípios”, o advérbio melhor (comparativo de bem = de modo mais perfeito) refere-se ao verbo estabelecer. Resumindo: no primeiro casso – princípios de melhor qualidade; no segundo – estabelecimento de modo mais perfeito.

35 - A alternativa que mostra uma frase correta a respeito da regência do verbo MORAR é:

(A) João morava, então, na Rua Santa Clara;
(B) João morava, então, à Rua Santa Clara;
(C) João morava, então, a Rua Santa Clara;
(D) João morava, então, em à Rua Santa Clara;
(E) João morava, então, em a Rua Santa Clara.

35. Resposta: A – O verbo morar exige a preposição em; como o vocábulo Rua é precedido de artigo a, deve haver a contração de em + a = na.

36 - A alternativa que mostra uma construção equivocada é:

(A) São locais de que nunca mais nos esquecemos;
(B) Li, nas férias, os romances de cujos autores falamos;
(C) Aqui estão as músicas cujos autores aprecio;
(D) Aqui estão as idéias contra cujos autores me insurgi;
(E) Comprei os livros de que tanto gosto de ler.

36. Resposta: E – “Quem gosta de ler, gosta de ler algo” (= gosto de ler os livros), portanto o verbo ler não exige preposição. Corrigindo: Comprei livros que gosto de ler.
Obs.: Não confundir a frase da alternativa e com esta frase: Comprei os livros de que gosto (Quem gosta, gosta de algo – o verbo gostar exige preposição de = gosto de livros).

Comentário sobre as outras alternativas:

a) O verbo esquecer, com pronome oblíquo exige a preposição de: esquecer-se de = nunca mais nos esquecemos dos locais.
b) “... os romances de cujos autor falamos”(; cujos = seus; falamos de – falamos de seus autores;
c) “... cujos autores aprecio” = aprecio seus autores;
d) “... contra cujos autores me insurgi”( cujos = seus; insurgir-se contra – insurgir-se contra seus autores).

37 - Assinale a opção em que a mudança na ordem dos termos altera substancialmente o conteúdo semântico do enunciado:

(A) Algum valor deve ser dado a este tipo de quadro / A este tipo de quadro, valor algum deve ser dado;
(B) São duas estas ofertas especiais / Estas ofertas especiais são duas;
(C) Qualidades que são pelos inimigos reconhecidas / Qualidades que são reconhecidas pelos inimigos;
(D) É isto que permite ao professor ganhar um melhor salário / Isto é que permite ao professor ganhar um melhor salário;
(E) Esta qualidade intelectual pode ser construída aos poucos / Pode esta qualidade intelectual ser construída aos poucos.

37. Resposta: A – Na primeira frase, algum significa qualquer, tem significação positiva (Este quadro deve ter qualquer valor) ; na segunda, algum corresponde a nenhum (= Este quadro não deve ter nenhum valor).

Comentário sobre as outras alternativas:

Nas demais opções, houve apenas inversão dos termos da oração, não comprometendo o sentido das frases.

38 - A alternativa em que o acento grave indicativo da crase é optativo é:
(A) Entreguei-o à minha mãe;
(B) Entreguei-o àquela mulher;
(C) Entreguei-o à elegante atriz;
(D) Entreguei-o à polícia;
(E) Entreguei-o à mesma funcionária.

38. Resposta: A – A crase é facultativa antes de pronomes possessivos adjetivos no feminino singular (minha, tua, nossa, vossa).

Comentário sobre as outras alternativas:

Nas demais alternativas, temos o verbo entregar que exige, além do objeto direto, objeto indireto com a preposição a; como a palavra seguinte é precedida de artigo feminino (alternativas c, d e e) há crase; na alternativa c, existe o encontro da preposição a, exigida pelo verbo + o a de aquele. Assim, a crase é obrigatória. Observemos:

b) Entreguei-o àquela mulher (= a essa mulher). Podendo trocar aquela por a essa, haverá crase. Em “Entreguei aquela encomenda” não há crase visto que o pronome aquela não pode trocado por a essa, mas simplesmente por essa ( Entreguei essa encomenda).
c) Entreguei-o à elegante atriz (= Entreguei-o ao elegante ator). Se trocarmos a palavra feminina por uma masculina e o a se transformar em ao, haverá crase. Em “Entreguei a encomenda”, não há crase, pois, com palavra masculina, o a transforma-se em o, e não em ao ( = Entreguei os documentos).
d) Entreguei-o à polícia (= Entreguei-o ao policial).
e) Entreguei-o à mesma funcionária (= Entreguei-o ao mesmo funcionário).

39 - No enunciado – “Com exceção do escalão mais alto do Ministério, todos estiveram no Congresso”, a expressão “com exceção de” pode ser substituída, sem alteração fundamental de sentido, por:

(A) até;
(B) inclusive;
(C) menos;
(D) não obstante;
(E) apenas.

39. Resposta: C - A expressão “com exceção de”, denotativa de exclusão, corresponde a “menos”, “exceto” (= Todos estiveram no Congresso, menos (exceto) o escalão mais alto do Ministério.

40 - Assinale a opção em que os dois enunciados NÃO querem dizer fundamentalmente a mesma coisa:

(A) A música foi o canal pelo qual o negro se comunicou com o seu senhor / A música foi o canal por que o negro se comunicou com o seu senhor;
(B) O colonizador procurou tirar proveito das situações aqui encontradas / O colonizador procurou tirar proveito das instituições que aqui encontrou;
(C) Ali se reúnem periodicamente velhos companheiros do Exército / Velhos companheiros do Exército ali se reúnem periodicamente;
(D) O carnaval pode ser apenas momento de festa / Apenas o carnaval pode ser momento de festa;
(E) O colégio elabora o material didático / O material didático é elaborado pelo colégio.

40. Resposta: D – A primeira frase diz que o carnaval pode ser unicamente momento de festa (e não representa mais nada.; a segunda afirma que somente o carnaval (nenhum outro evento é momento de festa) pode ser momento de festa.

Comentário sobre as outras alternativas:

Nas demais alternativas, as frases são equivalentes:

a) Trocou-se “pelo qual” por um sinônimo (por que).
b) Houve a troca da voz passiva analítica (encontradas = que aqui foram encontradas) pela voz ativa (que encontrou).
c) Houve apenas a inversão de termos da oração.
d) Houve a troca da voz ativa (elabora) pela voz passiva analítica ( é elaborado).

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