terça-feira, 8 de setembro de 2009

Simulado 1 da Polícia Rodoviária Federal

Simulado 1 para a Polícia Rodoviária Federal (FUNRIO – Prefeitura de Niterói / RJ – Auditor – 2008 – Nível Superior)

Capitalismo estúpido
Léo Lince


1. O cidadão brasileiro se enche de indignação e tristeza ao ler
2. nos jornais o calvário de compatriotas nossos, humilhados e ofendidos
3. em terra estrangeira, como atesta o noticiário recente sobre
4. episódios acontecidos no aeroporto de Madri. A simples exibição
5. do passaporte brasileiro, a julgar pelo relato dos vitimados, funciona
6. como senha para o alerta policial e desencadeia o tratamento
7. ríspido contra aqueles que, depois, serão deportados aos magotes.
8. Sem dúvida, discriminação odiosa. Uma onda de protestos
9. percorreu, com a rapidez de um raio, as seções de cartas de leitores
10. de todos os jornais. Apesar da quantidade, apenas uma pequena
11. mostra do desagrado geral. Diante de tal reação, até o governo
12. ensaiou providências: alguma retaliação e busca de
13. reciprocidade. Medidas necessárias para dar alguma satisfação,
14. mas de eficácia duvidosa, pois apenas tangenciam o problema. O
15. buraco é mais embaixo.
16. O embaixador da Espanha no Brasil, com sua barba de
17. Quixote e pança de Sancho, não julga ser o caso de pedir
18. desculpas. Segundo ele, são as normas da União Européia,
19. indispensáveis diante do crescimento avassalador do
20. número de brasileiros que buscam na Europa trabalho e
21. sobrevivência. Estamos, ao lado dos irmãos africanos e latinos,
22. na lista dos indesejados. E, para tais casos, afirma peremptório:
23. a polícia de fronteiras é a instância irrecorrível. E ponto final.
24. Só faltou agregar, em estilo real, o “porque não te calas!”.
25. A fala do senhor embaixador, embora inaceitável, nos remete
26. para o “x” do problema. Até parece que a mãe gentil já não abriga
27. mais os filhos deste solo, que agora padecem humilhações
28. diante de portas hostis. O país é um continente imenso e
29. pleno de riquezas, não está abalado por guerra ou catástrofe
30. natural, ainda assim se avoluma o contingente de jovens que
31. buscam sobrevida nos quatro cantos do mundo: na Europa,
32. América, Canadá, Japão, Austrália. A economia, dizem os do governo,
33. vai bem: o PIB cresceu, a dívida foi paga em dia, os exportadores
34. e banqueiros estão ganhando rios de dinheiro. Como explicar,
35. em tal quadro, essa verdadeira diáspora dos brasileiros?
36. “É a economia, estúpido!”. A famosa e arrogante advertência
37. do marqueteiro eleitoral americano fornece a pista para entender
38. as diferentes facetas do problema em pauta. As razões pelas
39. quais os jovens pobres estão sendo arremessados para fora do
40. Brasil são as mesmas que lhes fecham as portas na
41. Espanha. O capitalismo puro e duro da supremacia financeira é
42. um ponto de inflexão no processo civilizatório. No regime
43. que eles inventaram, o ser humano, mais do que exceção, é um
44. estorvo. A saúde reluzente da moeda e a liberdade total para o
45. fluxo dos capitais são as prioridades máximas do horror econômico
46. que nos governa a todos.
47. Na Espanha, neste momento, a economia vai mal. Logo, a vista
48. grossa que faziam antes, no surto de crescimento, para a entrada de
49. mão de obra barata foi substituída pelo rigor da deportação
50. dos indesejados. No Brasil, neste momento, a economia vai bem.
51. Mas a natureza excludente do modelo segue triturando o mundo do
52. trabalho: os desvalidos nos currais compensatórios e os jovens
53. tentando a sorte no território pedregoso da terra estrangeira. A
54. advertência famosa, sem a vírgula e com outro substantivo, fornece
55. a mais completa explicação para o quadro atual: é o capitalismo
56. estúpido.
(Disponível em http://www.correiocidadania.com.br, acesso:13/03/2008)

1. Em sua argumentação, o autor do texto estabelece, respectivamente, uma relação de causa e consequência entre:

A) onda de protestos de leitores de todos os jornais / calvário de compatriotas em terras estrangeiras.
B) normas da União Européia / pedido de desculpas do embaixador.
C) crescimento do PIB / diáspora brasileira.
D) capitalismo estúpido / mundo do trabalho triturado.
E) jovens tentando a sorte no exterior / modelo econômico excludente.

1. Resposta: D – O "capitalismo estúpido" é a causa do "mundo do trabalho triturado". Dito de outro modo: Porque existe capitalismo estúpido (= causa), a consequência (= resultado, efeito) é a existência de mundo do trabalho triturado.

Comentário:

a) Item Errado – Relação de consequência / causa: A onda de protestos de leitores de todos os jornais é o resultado (= consequência) do calvário de compatriotas em terras estrangeiras (= causa). Observação: A expressão que indica causa pode ser iniciada pelo conectivo "porque"; a que indica consequência, pelo conectivo "por isso": Ocorreu uma onda de protestos porque os compatriotas passavam um calvário em terras estrangeiras. (= Os compatriotas passavam um calvário em terras estrangeiras por isso ocorreu uma onda de protestos.)
b) Item Errado – Aqui não há uma relação do tipo lógico de causa / consequência, mas de razão-justificativa, isto é, uma explicação: as normas da União Europeia justificam o não pedido de desculpas do embaixador. Observemos que as normas da União Europeia não são um argumento suficiente para que o embaixador não pedisse desculpas, uma vez que, apesar das normas, ele, por educação e respeito, poderia fazer isso.
c) Item Errado – Em "crescimento do PIB / diáspora brasileira" há nexo de concessão, o que significa dizer que, apesar do crescimento do PIB, continua a diáspara brasileira. Notemos que "crescimento do PIB" é um argumento contrário à diáspara, mas incapaz de impedir esse deslocamento forçado de brasileiros para o exterior.
e) Item Errado – Aqui, à semelhança da alternativa A, existe uma relação de consequência / causa: jovens tentando a sorte no exterior por causa modelo econômico excludente. Em outras palavras: jovens tentando a sorte no exterior é o resultado (= consequência) do modelo econômico excludente.

2. O fenômeno da intertextualidade só NÃO se observa em:

A) “barba de Quixote e pança de Sancho”.
B) “porque não te calas!”.
C) “mãe gentil já não abriga mais os filhos deste solo”.
D) “É a economia, estúpido!”.
E) “O capitalismo puro e duro da supremacia financeira é um ponto de inflexão no processo civilizatório.”.

2. Resposta: E – A frase "O capitalismo puro e duro da supremacia financeira é um ponto de inflexão no processo civilizatório" não faz alusão a nenhum outro texto.

Comentário: Intertextualidade é uma referência, implícita ou explícita, a outros textos. É explícita quando o autor cita as fontes; é implícita quando o autor não cita as fontes do intertexto. Para identificar a intertextualidade implícita, é necessário que o leitor e o autor do texto partilhem de um mesmo conhecimento prévio, ou seja, o leitor precisa conhecer o texto a que se referiu o autor.

a) Item Errado – “barba de Quixote e pança de Sancho” / Faz alusão aos personagens Dom Quixote de La Mancha e Sancho Pança, presentes no livro Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes.
b) Item Errado – “porque não te calas!”. / Remete à frase do rei da Espanha, Juan Carlos Aznar I, quando, durante a 17ª Cúpula Ibero-Americana, com o dedo apontado para Hugo Chávez, presidente da Venezuela, ordenou: "Por que não te calas?”
c) Item Errado – “mãe gentil já não abriga mais os filhos deste solo”. / Alude a um verso do Hino Nacional – "Dos filhos deste solo és mãe gentil".
d) Item Errado – “É a economia, estúpido!”. / É uma intertextualidade explícita – citação do marqueteiro eleitoral americano (James Carville, marqueteiro da campanha de Clinton em 1992).

3. “... e desencadeia o tratamento ríspido contra aqueles que, depois, serão deportados aos magotes.”
A expressão grifada no fragmento acima significa:

A) com violência.
B) contra vontade.
C) em grandes porções.
D) ilegalmente.
E) paulatinamente.

3. Resposta: C – A expressão "aos magotes" significa "em grandes proporções", "em grandes quantidades”.

4. “A advertência famosa, sem a vírgula e com outro substantivo, fornece a mais completa explicação para o quadro atual: é o capitalismo estúpido.” O trecho em destaque refere-se à frase “É a economia, estúpido!”, pronunciada por um marqueteiro eleitoral americano. Além de aspectos semânticos, a retirada da vírgula produz o seguinte efeito sintático:

A) “capitalismo” passa a ser objeto direto.
B) “estúpido” deixar de ser vocativo.
C) “capitalismo estúpido” passa a ser uma oração.
D) “estúpido” passa ser o núcleo da expressão.
E) “estúpido” deixa de ser sujeito.

4. Resposta: B – Na frase do texto – “É a economia, estúpido!” –, o termo "estúpido" é vocativo, ou seja, é o ser a quem se dirige o marqueteiro. Significa que o marqueteiro chama o interlocutor de estúpido. Caso a vírgula fosse retirada, o vocábulo "estúpido" passaria a ser adjunto adnominal, termo que caracterizaria o substantivo "capitalismo.

5. “O buraco é mais embaixo.”
Na frase acima, observa-se o uso do (a):

A) sentido real.
B) denotação.
C) linguagem formal.
D) prosopopeia.
E) conotação.

5. Resposta: E – A frase “O buraco é mais embaixo” está usada em sentido conotativo, ou seja, sentido figurado, com o significado de "O problema é mais profundo do que aparenta ser".

Comentário:

a) Item Errado – A palavra não está usada em sentido real, mas figurado.
b) Item Errado – Denotação é o sentido real, comum dos dicionários. A frase está em sentido conotativo, e não, denotativo.
c) Item Errado – A linguagem formal é aquela que obedece à norma culta prescrita na gramática; informal ou coloquial é a linguagem popular, usada no dia a dia, não observando fielmente a norma culta. A frase está usada em linguagem informal.
d) Item Errado – Prosopopeia é a atribuição de características humanas aos animais e aos seres inanimados. Exemplo: A noite está triste. Na frase em questão não ocorre prosopopeia.

6. “Na Espanha, neste momento, a economia vai mal. (...)
“No Brasil, neste momento, a economia vai bem.”
Há na passagem acima um(a):

A) metonímia.
B) elipse.
C) eufemismo.
D) antítese.
E) hipérbole.

6. Resposta: D – Antítese é a utilização de termos ou ideias opostas. O termo "mal", presente na primeira frase, opõe-se a "bem", que está no segundo período.

Comentário:

a) Item Errado – Metonímia: “Alteração do sentido natural das palavras pelo emprego da causa pelo efeito: Apresento-lhe meu trabalho (livro); do continente pelo conteúdo: Tal era sua fome que ele comeu dois pratos; do lugar pelo produto; Serviram um velho bordéus (vinho de Bordéus); do abstrato pelo concreto: Não se menospreze a realeza (o rei); do sinal pela coisa significada: Levaram longe a cruz (a religião) etc., ou vice-versa, isto é, o emprego dessas expressões em sentido inverso”. (Dicionário Michaelis)
b) Item Errado – Elipse: omissão de uma palavra facilmente subentendida pelo contexto. Exemplos: o quarto estava desarrumado: pelo chão, livros e cadernos (omitiu-se a forma verbal “havia”). / Viajamos ontem (omitiu-se o pronome “nós”, identificável pela desinência do verbo).
c) Item Errado – eufemismo = Eufemismo: substituição de palavras fortes por outras mais suaves. Exemplo: Ele faltou com a verdade (em lugar de “morreu”).
e) Item Errado – Hipérbole: exagero da realidade com finalidade de intensificação. Exemplo: Ganhou rios de dinheiro (= muito dinheiro)

7. “O país é um continente imenso e pleno de riquezas, não está abalado por guerra ou catástrofe natural...”
A acentuação do vocábulo “país” justifica-se pela mesma regra segundo a qual é acentuada a seguinte palavra do texto:

A) substituída.
B) ríspido.
C) dúvida.
D) já.
E) território.

7. Resposta: A – Em “país” e “substituída”, o “i” acentua-se porque é tônico, forma hiato com a vogal anterior e está sozinhos (pa-ís) ou seguido de “s” (subs-ti-tu-í-da).

Comentário:

b) Item Errado – ríspido / proparoxítona.
c) Item Errado – dúvida / proparoxítona.
d) Item Errado – já / monossílabo tônico terminado em A.
e) Item Errado – território / paroxítona terminada em ditongo.

8. O vocábulo grifado só NÃO é pronome relativo em:

A) “... e desencadeia o tratamento ríspido contra aqueles que, depois, serão deportados aos magotes.”
B) “... diante do crescimento avassalador do número de brasileiros que buscam na Europa trabalho e sobrevivência.”
C) “... Até parece que a mãe gentil já não abriga mais os filhos deste solo...”
D) “... são as mesmas que lhes fecham as portas na Espanha.”
E) “Logo, a vista grossa que faziam antes, no surto de crescimento...”

8. Resposta: C – O conectivo que é conjunção integrante quando introduz orações substantivas. Modo prático: que (ou se) + oração = ISSO > conjunção integrante. Exemplo: Desejo que tenhas sucesso (= Desejo ISSO; ISSO = oração objetiva direta = objeto direto). / Em “... Até parece que a mãe gentil já não abriga mais os filhos deste solo...”, "que" é conjunção integrante. Vejamos: "Até parece que a mãe gentil já não abriga mais os filhos deste solo...” = Até parece ISSO; ISSO = oração subjetiva = sujeito.

Comentário: O "que" é pronome relativo quando substitui um termo anterior de natureza substantiva (substantivo, pronome substantivo e numeral substantivo) e equivale a "o qual" e flexões".

a) Item Errado – “... e desencadeia o tratamento ríspido contra aqueles que (= os quais), depois, serão deportados aos magotes.” / que = os quais; substitui o pronome "aqueles".
b) Item Errado – “... diante do crescimento avassalador do número de brasileiros que (= os quais) buscam na Europa trabalho e sobrevivência.” / que = os quais; substitui o substantivo "brasileiros".
d) Item Errado – “... são as mesmas que (= as quais) lhes fecham as portas na Espanha.” / que = as quais; substitui o pronome "as mesmas".
e) Item Errado – “Logo, a vista grossa que (a qual) faziam antes, no surto de crescimento...” / que = a qual; substitui o sintagma nominal "a vista grossa".

9. “A fala do senhor embaixador, embora inaceitável, nos remete para o “x” do problema.”
O vocábulo grifado pode ser substituído, mantendo o sentido original do texto, por:

A) visto que.
B) ainda que.
C) porque.
D) se.
E) quando.

9. Resposta: B – O vocábulo "embora" é uma conjunção concessiva e equivale a "ainda que".

Comentário:

a) Item Errado – visto que = porque > conjunção causal ou explicativa;
c) Item Errado – porque = visto que > conjunção causal ou explicativa;
d) Item Errado – se = caso > conjunção condicional;
e) Item Errado – quando > conjunção temporal.

10. Só faltou agregar, em estilo real, o “porque não te calas!”.
No fragmento acima, o emprego das aspas é feito para:

A) indicar a citação de uma fala.
B) assinalar o discurso direto do autor.
C) revelar a falta de coerência das autoridades.
D) fragmentar o discurso do autor.
E) marcar a referência a uma idéia corrente.

10. Resposta: A – As aspas, no texto, demarcam o início e o fim de uma citação – a reprodução da fala do rei da Espanha.

Atenção: As questões a seguir foram adaptadas de outras provas da FUNRIO.

11. "O capitalismo puro e duro da supremacia financeira é um ponto de inflexão no processo civilizatório.". (l. 41-420)
No período acima, o predicado classifica-se como nominal. Assinale a opção em que o predicado também é nominal.

A) "O buraco é mais embaixo.". (l.14-15)
B) "Estamos, ao lado dos irmãos africanos e latinos, na lista dos indesejados.". (l. 21-22)
C) "O país é um continente imenso e pleno de riquezas,". (l. 28-29)
D) "No regime que eles inventaram,". (l. 42-43)
E) "A advertência famosa, sem a vírgula e com outro substantivo, fornece a mais completa explicação para o quadro atual:". (l. 54-55)

11. Resposta: C – Em "O capitalismo puro e duro da supremacia financeira é um ponto de inflexão no processo civilizatório.", há predicado nominal visto que seu núcleo é um nome (= ponto). Modo prático: sujeito (= O capitalismo puro e duro da supremacia financeira) + verbo de ligação (= é) + predicativo do sujeito (= um ponto de inflexão no processo civilizatório) > predicado nominal. Também existe predicado nominal na frase da alternativa C, pois o núcleo é um nome (= continente). Modo prático: sujeito (= O país) + verbo ser (= é) + predicativo do sujeito (= um continente imenso e pleno de riquezas).


Comentário:

a) Item Errado – Predicado verbal: "O buraco é mais embaixo.". / O núcleo do predicado verbal é um verbo de caráter significativo. Como o verbo "ser" não está seguido de predicativo do sujeito ("mais embaixo" = adjunto adverbial de lugar), trata-se de verbo intransitivo. Assim teremos predicado verbal. Modo pratico: SER (e sinônimos contextuais) + adjunto adverbial (desde que não haja predicativo do sujeito) = Predicado verbal.
b) Item Errado – Predicado verbal: "Estamos, ao lado dos irmãos africanos e latinos, na lista dos indesejados.". / O verbo "estar" não vem acompanhado de predicativo ("ao lado dos irmãos africanos e latinos" e "na lista dos indesejados" = adjuntos adverbiais).
d) Item Errado – Predicado verbal: "No regime que eles inventaram,". / O núcleo do predicado verbal é um verbo de caráter significativo ("inventar" = verbo transitivo direto).
e) Item Errado – Predicado verbal: "A advertência famosa, sem a vírgula e com outro substantivo, fornece a mais completa explicação para o quadro atual:". / O núcleo do predicado verbal é um verbo de caráter significativo ("fornecer" = verbo transitivo direto).

Observações:

1. Predicado nominal = sujeito + verbo de ligação (“ser” e sinônimos) + predicativo do sujeito). Exemplo: O garoto (=sujeito) era (verbo “ser”) simpático (= predicativo do sujeito).
2. Predicado verbal = verbo significativo (verbo transitivo direto / verbo transitivo indireto / verbo transitivo direto e indireto, verbo intransitivo – não há predicativo).
Exemplos: Você sorriu alegremente (“sorrir” = verbo intransitivo) / Ele comprou livros (“comprar” = Verbo transitivo direto).
3. Predicado verbo-nominal = (predicado verbal + predicado nominal) – verbo transitivo ou intransitivo + predicativo – estado).
Exemplos: Você achou (“achar” = verbo transitivo direto) simpático (simpático = predicativo do objeto direto) o garoto (“o garoto” = objeto direto). / Ele chegou (“chegar = verbo intransitivo) aborrecido (aborrecido = predicativo do sujeito).

12. No fragmento “O país é um continente imenso e pleno de riquezas” (l.28-29), a expressão sublinhada é:

A) objeto direto.
B) objeto indireto.
C) complemento nominal.
D) adjunto adverbial.
E) agente da passiva.

12. Resposta: C – A expressão “de riquezas” é complemento nominal do adjetivo “pleno”.

13. No fragmento "O cidadão brasileiro se enche de indignação e tristeza" (l.1), a expressão sublinhada é:

A) objeto direto.
B) objeto indireto.
C) complemento nominal.
D) adjunto adverbial.
E) agente da passiva.

13. Resposta: B – A expressão “de indignação e tristeza” é objeto indireto, pois o verbo “encher”, pronominal, é transitivo indireto (quem se enche, enche-se de algo).

14. "A advertência famosa, sem a vírgula e com outro substantivo, fornece a mais completa explicação para o quadro atual: é o capitalismo estúpido.".
O termo “sem a vírgula e com outro substantivo” traz à oração o sentido de:

A) companhia.
B) instrumento.
C) causa.
D) modo.
E) consequência.

14. Resposta: D – O termo “sem a vírgula e com outro substantivo” é adjunto adverbial de modo. (De que modo (ou Como) a advertência famosa fornece a mais completa explicação para o quadro atual? – sem a vírgula e com outro substantivo.)

15. "Logo, a vista grossa que faziam antes, no surto de crescimento, para a entrada de mão de obra barata foi substituída pelo rigor da deportação dos indesejados.". (L.57-6)
A expressão "pelo rigor" é:

A) agente da passiva.
B) adjunto adverbial de causa.
C) adjunto adverbial de meio.
D) adjunto adnominal.
E) complemento nominal.

15. Resposta: A – A expressão "pelo rigor" é agente da passiva, ou seja, é o complemento do verbo na voz passiva (é o agente da ação verbal). Observemos que o verbo “substituir” está na voz passiva analítica (verbo “ser” + particípio de “substituir”).

16. No trecho "é o capitalismo estúpido." (l.55-56), o vocábulo "econômico" acentua-se por se proparoxítono.
A única opção cujas palavras precisam receber acento gráfico por serem todas proparoxítonas é:

A) batavo – bavaro – perito – misantropo.
B) arquetipo – mequetrefe – filantropo – acrobata.
C) omega – interim – zenite – improbo.
D) rubrica – crisantemo – hieroglifo – ibero.
E) azafama – algaravia – pudico – levedo.

16. Resposta: C – Os vocábulos “ômega”, “ínterim”, “zênite” e “ímprobo” são todos proparoxítonos.

Comentário:

a) Item Errado – Somente se acentua “bávaro” = proparoxítono; os demais vocábulos não se acentuam, visto serem paroxítonos terminados em O: batavo, perito e misantropo.
b) Item Errado – Acentua-se obrigatoriamente “arquétipo” = proparoxítono; acentua-se facultativamente “acrobata”: “acróbata” (proparoxítono) ou “acrobata” (paroxítono terminado em A); os demais vocábulos não são acentuados, uma vez que são paroxítonos terminados, respectivamente, em E e O: mequetrefe e filantropo.
d) Item Errado – Acentuam-se opcionalmente “crisantemo” e “hieróglifo”: “crisântemo” / “hieróglifo” (proparoxítonos) ou “crisantemo” / “hieróglifo” (paroxítonos terminado em O); os vocábulos “rubrica” e “ibero” não são acentuados, pois são paroxítonos terminados em O: rubrica / ibero.
e) Item Errado – Acentuam-se obrigatoriamente “azáfama” e “lêvedo” = proparoxítonos; os demais vocábulos não são acentuados, uma vez que são paroxítonos terminados, respectivamente, em A e O: algaravia e pudico. Observação: A forma “levedo”, paroxítona, faz parte da linguagem informal.

17. "Na Espanha, neste momento, a economia vai mal. Logo, a vista grossa que faziam antes, no surto de crescimento, para a entrada de mão de obra barata foi substituída pelo rigor da deportação dos indesejados.". (l.47-50)
No trecho acima o elemento coesivo "Logo" tem a função de:

a) oposição.
b) condição.
c) temporalidade.
d) explicação.
e) conclusão.

17. Resposta: D – O conectivo “Logo”, equivalente a “portanto”, expressa uma consequência lógica da premissa “Na Espanha, neste momento, a economia vai mal”. Em outras palavras: O fato de, na Espanha, a economia ir mal leva-nos à conclusão de que “a vista grossa que faziam antes, no surto de crescimento, para a entrada de mão de obra barata foi substituída pelo rigor da deportação dos indesejados”.

18. No trecho "não está abalado por guerra ou catástrofe" (l.29), o sentido do prefixo grego está contido no vocábulo:

A) introdução.
B) demitir.
C) regredir.
D) demolir.
E) hipotenusa.

18. Resposta: D – Em “catástrofe" e em “demolir” os prefixos destacados possuem o mesmo sentido: “movimento de cima para baixo”.

Comentário: Vejamos o sentido dos prefixos das palavras abaixo:

a) Item Errado – introdução: movimento para dentro;
b) Item Errado – demitir: movimento de dentro para fora;
c) Item Errado – regredir: movimento para trás;
e) Item Errado – hipotenusa: posição inferior, debaixo.

19. "Medidas necessárias para dar alguma satisfação, mas de eficácia duvidosa, pois apenas tangenciam o problema". (l.13-14)
Os conectivos sublinhados só não poderiam ser substituídos adequadamente por:

A) contudo e porquanto.
B) porém e dado que.
C) entretanto e visto que.
D) no entanto e uma vez que.
E) no entretanto e já que.

19. Resposta: E – Os conectivos “mas” e “pois” expressam, respectivamente “oposição” e causa”. Assim acontece com todos os demais conectivos das alternativas; a exceção é “no entretanto”, forma inexistente.

20. "Diante de tal reação, até o governo ensaiou providências: alguma retaliação e busca de reciprocidade.".
A função textual da vírgula e dos dois pontos dessa frase é separar, respectivamente:

A) a oração adverbial e o aposto.
B) o adjunto adverbial e o aposto.
C) o adjunto adverbial e o vocativo.
D) a oração adverbial e a enumeração.
E) o acessório e o enfático.

20. Resposta: C – Em "Diante de tal reação, até o governo ensaiou providências: alguma retaliação e busca de reciprocidade.", a primeira vírgula isola o adjunto adverbial deslocado “Diante de tal reação”; os dois pontos introduzem o aposto enumerativo “alguma retaliação e busca de reciprocidade”. Notemos que “alguma retaliação e busca de reciprocidade” é aposto, dado que esclarecem o sentido do vocábulo “providências”.

21. No fragmento "número de brasileiros que buscam na Europa trabalho e sobrevivência", (l.20-21) a oração destacada pode ser classificada como oração:

A) subordinada substantiva subjetiva.
B) subordinada adjetiva explicativa.
C) subordinada adjetiva restritiva.
D) subordinada substantiva objetiva direta.
E) subordinada substantiva completiva nominal.

21. Resposta: B – No fragmento "número de brasileiros que buscam na Europa trabalho e sobrevivência", a oração destacada pode ser classificada como oração subordinada adjetiva restritiva: é iniciada pelo pronome relativo que; limita o antecedente “brasileiros” (= somente os brasileiros que buscam na Europa trabalho e sobrevivência).

Comentário: Comentário: As orações adjetivas são introduzidas por pronome relativo (que, o qual, quem, cujo, onde, etc.); esclarecem o sentido de um termo anterior (substantivo ou pronome substantivo); exercem a função sintática de adjunto adnominal. Classificam-se em explicativas e restritivas. As explicativas, separadas por vírgulas, travessões ou parênteses, acrescentam uma característica de caráter acessório ao antecedente, sendo, portanto, dispensáveis. As restritivas, sem vírgulas, limitam o sentido do antecedente; são imprescindíveis ao sentido da frase. Vejamos a diferença de sentido entre as frases a seguir: “Os alunos, que são disciplinados, foram elogiados pelo diretor”. / “Os alunos, que são disciplinados, foram elogiados pelo diretor”. Na primeira frase, todos os alunos são disciplinados e foram elogiados pelo diretor (explicativa); na segunda, alguns alunos não são disciplinados, e somente foram elogiados pelo diretor os disciplinados (restritiva).

22. No trecho "Até parece que a mãe gentil já não abriga mais os filhos deste solo" (l.26-27), a oração sublinhada pode ser classificada como oração:

A) subordinada substantiva subjetiva.
B) subordinada adjetiva explicativa.
C) subordinada adjetiva restritiva.
D) subordinada substantiva objetiva direta.
E) subordinada substantiva completiva nominal.

22. Resposta: A – A oração “que a mãe gentil já não abriga mais os filhos deste solo”, correspondente ao termo ISSO, é subordinada substantiva, já que exerce a função de um substantivo, completando o sentido da oração principal (= sujeito): Até parece que a mãe gentil já não abriga mais os filhos deste solo = Até parece ISSO = ISSO (sujeito) até parece (ISSO = sujeito, então “que a mãe gentil já não abriga mais os filhos deste solo” = oração subordinada substantiva subjetiva.)

23. A coesão textual é obtida pelo uso de vários recursos, dentre eles o apelo aos chamados recursos anafóricos, que retomam termos ou expressões anteriormente mencionados.
Das alternativas abaixo, todas presentes no texto de Léo Lince, assinale a opção em que se ausenta termo anafórico.

A) A simples exibição do passaporte brasileiro, a julgar pelo relato dos vitimados, (...)". (l.4-5)
B) "Diante de tal reação, até o governo ensaiou providências:(...). (l.11-12
C) "são as mesmas que lhes fecham as portas na Espanha.". (l.40-41)
D) "(...) são as prioridades máximas do horror econômico que nos governa a todos.(l.45-46)
E) "Na Espanha, neste momento, a economia vai mal.". (l. 47)

23. Resposta: E – Em "Na Espanha, neste momento, a economia vai mal.", a expressão “neste momento” é dêitica, uma vez que sua significação depende do contexto situacional. Em outras palavras: para sabermos a que se refere “neste momento”, precisamos saber quando foi escrito o texto.

Comentário: Os vocábulos sublinhados abaixo são anafóricos, já que retomam termos anteriores:

a) Item Errado – “A simples exibição do passaporte brasileiro, a julgar pelo relato dos vitimados, (...)". / A expressão “os vitimados” retoma “compatriotas nossos” (l.1).
b) Item Errado – "Diante de tal reação, até o governo ensaiou providências: (...). / O termo “tal reação” refere-se a “onda de protestos” (l. 8).
c) Item Errado – "(...) são as mesmas que lhes fecham as portas na Espanha.". / O pronome “lhes” recupera a expressão “os jovens pobres” (l. 39).
d) Item Errado – "(...) são as prioridades máximas do horror econômico que nos governa a todos.”. / O pronome relativo “que” (= o qual) substitui a expressão “o horror econômico” (l. 45).

Observações:

1. Catáfora (catafórico): o termo antecipa palavra ou expressão posterior. Exemplo: Esta é a minha melhor idéia: relerei toda a obra de José Saramago (O termo "Esta" refere-se ao que vai ser dito - a releitura de toda a obra de José Saramago).

2. Anáfora (anafórico): o termo retoma palavra ou expressão anterior. Exemplo: José saiu. Vi-o na praça (o pronome "o" recupera o termo "José").

3. Dêitico: O termo não se refere a palavra ou expressão expressa no texto, mas a uma realidade extralinguística, ou seja, o significado da palavra depende do contexto situacional. Exemplo: Como aqui está um dia lindo, agora eu vou com você à praia. / Fora do contexto, não sabemos a quem se referem os termos destacados. Observemos que "aqui" refere-se ao lugar em que foi produzido o texto; "agora" é o momento em que o enunciador fala; "eu" é aquele que fala (o produtor do texto); "você" é a pessoa a quem o "eu" se dirige.

24. Na frase “A simples exibição do passaporte brasileiro, a julgar pelo relato dos vitimados, funciona como senha para o alerta policial e desencadeia o tratamento ríspido contra aqueles que, depois, serão deportados aos magotes", oração sublinhada expressa:

A) tempo.
B) causa.
C) oposição.
D) consequência.
E) condição.

24. Resposta: C – A oração reduzida de infinitivo “a julgar pelo relato dos vitimados” indica condição (corresponde a “caso julguemos pelo relato dos vitimados”), isto é, o julgamento pelo relato dos vitimados é condição necessária para que cheguemos à inferência de que a “simples exibição do passaporte brasileiro funciona como senha para o alerta policial e desencadeia o tratamento ríspido contra aqueles que, depois, serão deportados aos magotes”.

25. Na frase “O embaixador da Espanha no Brasil, com sua barba de Quixote e pança de Sancho, não julga ser o caso de pedir desculpas.”, a oração sublinhada pode ser classificada como oração:

A) coordenada explicativa.
B) subordinada adjetiva explicativa.
C) subordinada adjetiva restritiva.
D) subordinada substantiva objetiva direta.
E) subordinada substantiva completiva nominal.

25. Resposta: D – A oração “ser o caso de pedir desculpas”, reduzida de infinitivo, correspondente ao termo ISSO, é subordinada substantiva, já que exerce a função de um substantivo, completando o sentido da oração principal: não julga ser o caso de pedir desculpas (ser o caso de pedir desculpas = ISSO > objeto direto – completa o sentido do verbo”julgar”).

26. "Diante de tal reação, até o governo ensaiou providências: alguma retaliação e busca de reciprocidade." O processo de formação da palavra ‘busca’ chama-se:

A) regressiva.
B) prefixal.
C) abreviação.
D) sufixação.
E) imprópria.

26. Resposta: A – O vocábulo “busca” é formado por derivação regressiva: busca – é a eliminação de ele¬mentos da palavra primitiva (buscar (verbo) > choro (substantivo).

27. “A simples exibição do passaporte brasileiro, a julgar pelo relato dos vitimados, funciona como senha para o alerta policial e desencadeia o tratamento ríspido contra aqueles que, depois, serão deportados aos magotes.”. (l. 4-7)
Os termos destacados são respectivamente:

A) complemento nominal e adjunto adverbial.
B) adjunto adnominal e adjunto adnominal.
C) adjunto adnominal e complemento nominal.
D) complemento nominal e complemento nominal.
E) complemento nominal e adjunto adnominal.

27. Resposta: E – A expressão “do passaporte brasileiro” é complemento nominal (paciente); “do passaporte brasileiro” corresponde ao sujeito da voz passiva: A simples exibição do passaporte brasileiro = o passaporte brasileiro é exibido. / O sintagma “dos vitimados” é adjunto adnominal (agente); “dos vitimados” corresponde ao sujeito da voz ativa: o relato dos vitimados = os vitimados relataram.

Observações: Complemento nominal ou adjunto adnominal preposicionado?

Será sempre complemento nominal se a expressão regida de preposição estiver ligada a adjetivo ou advérbio.
filme impróprio (adjetivo) para menores (c.n.)
relativamente (advérbio) ao livro (c.n.)

02. Será sempre complemento nominal se a expressão ligada a substantivo abstrato estiver precedida de qualquer preposição, desde que não seja de.
respeito (substantivo abstrato) às leis (c.n.)
amor(substantivo abstrato) pelo trabalho (c.n.)

03. Será sempre adjunto adnominal se a expressão preposicionada estiver ligada a substantivo concreto.
Casa (substantivo concreto) de pedra (a.a.)
Livro (substantivo concreto) do professor (a.a.)
Cadeira (substantivo concreto) de balanço (a.a.)

Observação: Pelos exemplos dados, só nos resta uma dúvida:quando temos a preposição de, e a expressão se liga a substantivos abstratos.

Adjunto adnominal – é agente. Corresponde ao sujeito da voz ativa. É uma locução adjetiva.
Complemento nominal – é paciente. Corresponde ao objeto (= sujeito da passiva). É o alvo (o destino) da declaração expressa pelo nome, isto é, o sujeito que recebe a ação.

a venda da casa (c.n.) – (= vender a casa (o.d.) = a casa é vendida – sujeito paciente)
a venda do proprietário (a.a.) – (= o proprietário vende – sujeito agente)
procura do saber (c.n.) – (= procurar o saber (o.d.) – (= o saber é procurado – s. paciente)
eleição do diretor (c.n.) – (= eleger o diretor (o.d.) – (= o diretor é eleito – s. paciente)
o aviso do diretor(a.a.) – (= o diretor avisa – sujeito agente)
têm necessidade de ajuda (c.n.) – (= necessitar de ajuda (o.i.) – ajuda é o alvo da ação)
Observe a necessidade do homem. (a.a.) – (= o homem tem necessidade – suj. agente)

(Gramática essencial para concursos. Henrique Nuno Fernandes)

28. "O cidadão brasileiro se enche de indignação e tristeza ao ler nos jornais o calvário de compatriotas nossos, humilhados e ofendidos em terra estrangeira, como atesta o noticiário recente sobre episódios acontecidos no aeroporto de Madri."
A oração sublinhada indica:

A) tempo.
B) condição.
C) causa.
D) consequência.
E) conformidade.

28. Resposta: A – A oração “ao ler nos jornais o calvário de compatriotas nossos, humilhados e ofendidos em terra estrangeira”, reduzida de infinitivo, indica tempo; equivale a “quando lê nos jornais o calvário de compatriotas nossos, humilhados e ofendidos em terra estrangeira”.

29. "O cidadão brasileiro se enche de indignação e tristeza ao ler nos jornais o calvário de compatriotas nossos, humilhados e ofendidos em terra estrangeira, como atesta o noticiário recente sobre episódios acontecidos no aeroporto de Madri."

A oração sublinhada expressa: A oração sublinhada expressa:

A) tempo.
B) condição.
C) causa.
D) consequência.
E) conformidade.

29. Resposta: E – A oração “como atesta o noticiário recente sobre episódios acontecidos no aeroporto de Madri” indica conformidade (como = conforme > adverbial conformativa.); indica um acordo entre o fato que denota e a ação do verbo da oração principal: a ação expressa pelo verbo da oração principal (= a declaração de que o “cidadão brasileiro se enche de indignação e tristeza ao ler nos jornais o calvário de compatriotas nossos, humilhados e ofendidos em terra estrangeira”) aconteceu de acordo com (= em concordância com) “atesta o noticiário recente sobre episódios acontecidos no aeroporto de Madri”.

30. “As razões pelas quais os jovens pobres estão sendo arremessados para fora do
Brasil são as mesmas que lhes fecham as portas na Espanha”.
A respeito da frase acima:

A) É um período simples.
B) É um período composto por coordenação.
C) É um período composto por subordinação.
D) É um período composto por coordenação e por subordinação.
E) É um período composto por formado por quatro orações.

30. Resposta: C – O período é composto por subordinação (possui três orações): 1ª – As razões são as mesmas = oração principal; 2ª – pelas quais os jovens pobres estão sendo arremessados para fora do Brasil = oração subordinada adjetiva restritiva (é iniciada pelo pronome relativo “as quais”, sem vírgulas); 3ª – que lhes fecham as portas na Espanha = oração subordinada adjetiva restritiva (é iniciada pelo pronome relativo “que”, sem vírgulas).

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